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Presidente do STM causa polêmica ao se referir a magistrados como “juizinhos”

Ao comentar a ausência de processos contra os 22 militares acusados de participação em um suposto golpe, ela afirmou que “da Justiça Militar ao juizinho lá do interior, só se age por provocação”. Em seguida, declarou que, mesmo sem condenação, todos “perderão as patentes”.

Presidente do STM causa polêmica ao se referir a magistrados como “juizinhos”
Presidente do STM causa polêmica ao se referir a magistrados como “juizinhos” (Foto: Reprodução)

Declaração de Maria Elizabeth Rocha gera críticas e é vista como desrespeitosa aos juízes de primeira instância

A presidente do Superior Tribunal Militar (STM), Maria Elizabeth Rocha, provocou forte reação em meio jurídico e político ao utilizar a expressão “juizinhos” durante uma declaração pública. Ao comentar a ausência de processos contra os 22 militares acusados de participação em um suposto golpe, ela afirmou que “da Justiça Militar ao juizinho lá do interior, só se age por provocação”. Em seguida, declarou que, mesmo sem condenação, todos “perderão as patentes”.

A fala, reproduzida em veículos de imprensa e amplamente discutida em Brasília, foi considerada desrespeitosa à magistratura de primeira instância — especialmente aos juízes que atuam no interior do país.

Falta de vivência na magistratura é apontada como possível origem do tom

Maria Elizabeth Rocha foi nomeada ao STM em 2007 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sem histórico anterior como juíza de carreira, sua trajetória no tribunal não inclui experiências nas instâncias inferiores do Judiciário, o que, segundo críticos, poderia explicar a percepção distorcida sobre o papel dos chamados “juízes de primeira instância”.

“Lá no interiorzão, o ‘juizinho’ a que se refere a ministra é quem ouve os casos, aplica a lei e garante a proteção dos direitos dos cidadãos.”

Juízes de primeira instância são pilares da cidadania

Ao contrário do tom pejorativo sugerido pela expressão usada, os juízes de primeiro grau são frequentemente reconhecidos e homenageados nos tribunais superiores, justamente por serem a linha de frente da Justiça brasileira, lidando com os desafios reais da população e aplicando a lei diretamente nos casos mais diversos e urgentes.

O uso da palavra “juizinho” causou desconforto por subestimar o trabalho essencial desses profissionais, que representam o Judiciário nos lugares mais distantes do país.

Bastidores de Brasília comentam estrutura do gabinete da ministra

Além da polêmica envolvendo a declaração, Maria Elizabeth também vem sendo alvo de comentários nos bastidores políticos e jurídicos devido ao número elevado de assessores em seu gabinete — algo considerado incomum até mesmo pelos padrões de Brasília, onde o inchaço de estruturas administrativas já é tradicionalmente criticado.

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