México faz HISTÓRICA e POLÊMICA eleição de juízes por voto popular para a Suprema Corte
A medida, prevista em uma reforma constitucional polêmica, divide opiniões

Neste domingo (1º), as urnas foram abertas no México para um pleito sem precedentes no mundo: pela primeira vez, todos os juízes do país — incluindo os da Suprema Corte — serão escolhidos pelo voto popular. A medida, prevista em uma reforma constitucional polêmica, divide opiniões e gera temores sobre infiltração de cartéis, candidatos despreparados e riscos à democracia.
"Essa votação é o marco do começo do fim da democracia no México", alerta Natália Fingermman, professora de Relações Internacionais da ESPM, em entrevista ao g1.
O que está em jogo?
Mais de 7.700 candidatos disputam 2.600 cargos em tribunais federais e locais.
Os eleitores recebem cinco cédulas para escolher:
9 juízes da Suprema Corte + 17 do Tribunal Eleitoral + 5 do novo Tribunal Disciplinar.
1.800 juízes estaduais, incluindo os que julgam casos ligados a cartéis.
Mandato de 9 anos, com direito a reeleição.
Críticas e riscos
Sem concurso público: Basta "boa reputação" e convencer eleitores — muitos desinteressados (expectativa de abstenção: 85%).
Sem filtros rigorosos: Candidatos sem experiência judicial ou com passado criminoso podem assumir cargos. Um dos postulantes, por exemplo, já foi preso nos EUA por tráfico de drogas.
Campanhas solitárias: Sem verba pública ou apoio de partidos, juízes em exercício fazem comícios por conta própria e distribuem panfletos em feiras.
Um caso único no mundo
A Bolívia já elegeu juízes da Suprema Corte, mas o México é o primeiro a estender o modelo a TODOS os magistrados. Se der certo, pode virar exemplo; se fracassar, o preço será pago pela democracia mexicana.
E você? Acredita que juízes devem ser eleitos pelo povo? 🗳️⚖️ #EleiçõesJudiciais #México
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