Lula ataca EUA por críticas a Alexandre de Moraes: “Que história é essa?”
Além das críticas ao governo americano, Lula alertou sobre as eleições ao Senado em 2026 e pediu à militância para dar atenção especial ao pleito.

Durante um discurso inflamado neste domingo (1º), no 16º Congresso Nacional do PSB, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou duramente a possível ação dos Estados Unidos – sob influência da gestão de Donald Trump – de abrir um processo contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
“Você veja, os EUA querem processar o Alexandre de Moraes porque ele está querendo prender um cara brasileiro que está lá fazendo coisa contra o Brasil o dia inteiro”, disparou Lula, em clara referência ao deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, que estaria atuando nos Estados Unidos contra os interesses do país.
“Ora, que história é essa de os Estados Unidos quererem criticar alguma coisa da Justiça brasileira?”, questionou o presidente, indignado.
Lula foi além e comparou a atuação internacional dos EUA com a postura brasileira:
“Nunca critiquei a Justiça deles. Eles fazem tanta barbaridade, tantas guerras, eu nunca critiquei”, completou, em tom de reprovação.
Alerta sobre 2026: Lula pede foco total nas eleições para o Senado
Além das críticas ao governo norte-americano, Lula ligou o sinal de alerta para as eleições ao Senado Federal em 2026. Segundo ele, há uma articulação da direita bolsonarista para conquistar maioria na Casa e, com isso, ameaçar a estabilidade institucional do país – especialmente a do STF.
“Nós precisamos ganhar a maioria do Senado, porque senão esses caras vão avacalhar com a Suprema Corte”, advertiu o presidente, conclamando a militância a atuar com atenção redobrada.
Lula lembrou que é o Senado quem tem a responsabilidade de julgar ministros do STF em casos de crime de responsabilidade, o que torna o equilíbrio político no Congresso ainda mais decisivo.
Defesa das instituições: “Não é por amor à Suprema Corte, é pela democracia”
Ao reforçar seu posicionamento em defesa do STF, Lula fez questão de deixar claro que sua preocupação vai além de figuras individuais.
“Não é que a Suprema Corte é uma maçã doce, não. É porque precisamos preservar as instituições que garantem e defendem a democracia nesse país”, explicou.
Para o presidente, permitir ataques às instituições apenas por discordâncias ideológicas é um caminho perigoso para a democracia.
“Se a gente for destruir aquilo que a gente não gosta, não vai sobrar nada”, concluiu.
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