Marinho nega qualquer intento de ruptura por parte de Bolsonaro
Ele também negou qualquer conversa com Braga Netto sobre ruptura institucional e que o motivo das reuniões era a organização de pautas inerentes ao Partido Liberal.

A última testemunha a ser ouvida na ação penal que trata de um suposto plano de golpe de Estado, o senador e ex-ministro Rogério Marinho (PL-RN), declarou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em nenhum momento esboçou qualquer intenção de uma ruptura institucional após as eleições de 2022.
– De maneira nenhuma [Jair] Bolsonaro sinalizou a intenção de uma ruptura, golpe – relatou Marinho. O parlamentar falou na ação penal na condição de testemunha das defesas de Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice na chapa com Bolsonaro em 2022.
Quando perguntado sobre uma eventual contribuição do líder da direita nos atos de 8 de janeiro, o senador relatou que apenas percebeu uma “preocupação do presidente de que não houvesse excessos” e reivindicou civilidade na transição.
– Estávamos chateados e não esperávamos a derrota. É natural e não é fácil uma derrota na circunstância que ocorreu – disse Marinho.
Ele também negou qualquer conversa com Braga Netto sobre ruptura institucional e que o motivo das reuniões era a organização de pautas inerentes ao Partido Liberal.
– Não teve diálogo por parte do Braga Netto sobre ruptura, ele não me colocou nessa situação. Havia uma preocupação com o PL, organização partidária — pontuou.
Quando concluiu o depoimento de Rogério Marinho, Alexandre de Moraes, que é o relator da ação penal, anunciou para a próxima segunda-feira (9) o início dos interrogatórios dos réus do núcleo 1 da suposta trama de golpe, em que estão inseridos Jair Bolsonaro, Walter Braga Netto e outras seis pessoas. A primeira oitiva será com o tenente-coronel Mauro Cid, na condição de colaborador.
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