Gleisi tenta culpar Bolsonaro pelo IOF alto, mas é desmentida nas redes
Na postagem, Gleisi afirmou que o “desgoverno” de Bolsonaro teria mantido o IOF em alta, e que teria sido o governo Lula o responsável pela redução do imposto. A verdade, porém, é exatamente o contrário.

A ministra das Relações Institucionais e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, tentou responsabilizar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ministro da Economia Paulo Guedes pela alíquota do IOF de 6,38% em compras internacionais. Em publicação feita nesta quinta-feira (5) na rede X (antigo Twitter), Gleisi criticou a ação do Partido Liberal no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o aumento do imposto promovido por Lula e tentou inverter os fatos.
No entanto, os próprios internautas rapidamente corrigiram a narrativa da petista, lembrando que foi no governo Bolsonaro, ainda em 2022, que foi assinado o decreto que determinava a redução gradual do IOF até sua extinção completa em 2028. Tentativa de enganar a população
Na postagem, Gleisi afirmou que o “desgoverno” de Bolsonaro teria mantido o IOF em alta, e que teria sido o governo Lula o responsável pela redução do imposto. A verdade, porém, é exatamente o contrário: a diminuição progressiva da alíquota do IOF foi determinada pelo Decreto nº 11.153/2022, assinado pelo próprio Bolsonaro em setembro daquele ano, como parte da adesão ao Código de Conduta da OCDE – um compromisso de transparência e abertura econômica.
A fala de Gleisi foi prontamente marcada com um alerta por usuários da rede social X, que adicionaram contexto à publicação por meio da ferramenta de checagem da própria plataforma. O aviso destacava:
“Foi no governo do Bolsonaro que foi assinado o decreto que reduziria o IOF gradativamente até zero em 2028. Graças a esse decreto que houve a redução do IOF nos anos seguintes do governo Lula. Não houve nenhuma ação por parte do Lula para redução do IOF durante o governo dele.“
Lula aumenta IOF e culpa Bolsonaro
A polêmica ocorre dias após o PL ingressar com uma ação no STF questionando dois decretos do governo Lula – assinados por ele e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad – que aumentam o IOF sobre operações de crédito, remessas internacionais e investimentos. A legenda de Bolsonaro argumenta que o aumento tem fins arrecadatórios e, por isso, deveria passar pelo Congresso Nacional.
Segundo juristas ouvidos por veículos independentes, a atitude de Lula pode configurar um desrespeito à Constituição ao legislar via decreto sobre matéria tributária sem o devido aval do Parlamento.
“Aumentam o imposto, culpam Bolsonaro e ainda tentam se passar por heróis da economia. Esse é o retrato do governo Lula”, afirmou um deputado da oposição, que preferiu não se identificar.
Mais uma tentativa de reescrever a história?
Essa não é a primeira vez que membros do governo petista tentam distorcer ações do governo anterior. O caso do IOF mostra claramente uma tentativa de se apropriar de medidas que foram planejadas e executadas por Bolsonaro e que agora vêm sendo usadas como trunfo político por Lula, enquanto o mesmo governo eleva outros tributos na surdina.
A medida adotada por Bolsonaro, ao reduzir o IOF até 2028, fazia parte de uma política de desburocratização e simplificação do sistema tributário, alinhada a compromissos internacionais assumidos com a OCDE. Já o governo Lula, além de tentar colher os louros dessa política, agora reverte a lógica da desoneração ao impor novos aumentos, comprometendo a previsibilidade econômica e a confiança de investidores.
Ação no STF
O PL busca, com a ação no Supremo, barrar os recentes aumentos e garantir que o Executivo não abuse de decretos para criar ou elevar tributos, ignorando o Congresso e a vontade popular. A legenda defende que decisões com impacto direto na economia e no bolso do cidadão devem ser debatidas com transparência e aprovação dos representantes eleitos.
A decisão está agora nas mãos do STF, que será chamado a definir se o atual governo extrapolou os limites legais ao tentar aumentar impostos por decreto.
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