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Em meio à tensão global, Lula e Trump se encontram no G7: o clima vai esquentar?

Esta será a terceira vez consecutiva que Lula participa da cúpula do G7: em 2023, ele esteve em Hiroshima, no Japão; em 2024, em L’Aquila, na Itália. Agora, em meio a desafios globais cada vez mais complexos, o líder brasileiro tenta ampliar sua influência nas pautas ambientais e diplomáticas.

Em meio à tensão global, Lula e Trump se encontram no G7: o clima vai esquentar?
Em meio à tensão global, Lula e Trump se encontram no G7: o clima vai esquentar? (Foto: Reprodução)

O Canadá será palco, a partir deste domingo (15/6), de uma das reuniões mais aguardadas do cenário político internacional: a cúpula do G7. Em um momento marcado pela escalada de tensão no Oriente Médio — com os recentes embates entre Israel e Irã —, o evento reunirá os líderes das maiores economias do mundo na pacata cidade de Kananaskis, na província de Alberta.

Apesar de o Brasil não integrar oficialmente o G7, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi convidado a participar do encontro, que também contará com a presença de Donald Trump. Outros países não membros, como África do Sul, Austrália, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Índia e México, também foram chamados a contribuir para os debates.


Lula desembarca no Canadá na tarde de segunda-feira (16/6) e participa do último dia da cúpula, na terça (17/6), com direito a um breve discurso em uma sessão com os principais chefes de Estado globais — inclusive Trump. Segundo fontes do Itamaraty, o presidente brasileiro pretende usar o espaço para destacar a matriz energética limpa do Brasil e convidar os líderes para a COP30, que será realizada em novembro, em Belém (PA). “O petista busca garantir a presença do maior número de líderes mundiais no evento”, diz um interlocutor do governo.

O tema central da cúpula de 2025 será segurança energética, com foco em inovação, diversificação de cadeias produtivas e atração de investimentos. A expectativa é de que os discursos reflitam não apenas os desafios energéticos globais, mas também os atritos geopolíticos e a busca por protagonismo em temas climáticos.

Lula e Trump frente a frente?

Hospedado em Calgary, a cerca de 100 quilômetros de Kananaskis, Lula participará de uma recepção e de um jantar com outros líderes mundiais, oferecidos pela governadora-geral do Canadá. Às margens da cúpula, estão previstas reuniões bilaterais — entre elas, uma com o primeiro-ministro canadense, Mark Carney, com quem Lula conversou por telefone na última quarta-feira (12/6).

No entanto, até o momento, não há previsão de um encontro direto entre Lula e Donald Trump. Assessores do Planalto, inclusive, teriam orientado o presidente a evitar críticas diretas ao líder norte-americano durante seu discurso — o que, segundo fontes próximas, “não impedirá possíveis recados indiretos”.

Esta será a terceira vez consecutiva que Lula participa da cúpula do G7: em 2023, ele esteve em Hiroshima, no Japão; em 2024, em L’Aquila, na Itália. Agora, em meio a desafios globais cada vez mais complexos, o líder brasileiro tenta ampliar sua influência nas pautas ambientais e diplomáticas.

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