População diz ‘basta!’, mas políticos querem mais poder – e mais cadeiras
O Projeto de Lei Complementar n.º 177/2023, que está causando polêmica, alega que o aumento de cadeiras serve para "garantir a proporcionalidade populacional", com base nos dados mais recentes do IBGE. A mudança passaria a valer a partir das eleições de 2026.

Uma nova pesquisa do Datafolha, divulgada nesta terça-feira (17), revela um recado direto da população: 76% dos brasileiros são contra o aumento no número de deputados federais, atualmente fixado em 513. Apesar disso, a Câmara dos Deputados já aprovou o projeto que amplia esse número para 531 — e agora a decisão está nas mãos do Senado, que pode votar a proposta ainda nesta semana.
Enquanto a maioria dos brasileiros rejeita a medida, apenas 20% disseram ser favoráveis, 2% não souberam opinar e 1% se declarou indiferente. O levantamento foi realizado entre os dias 10 e 11 de junho, com 2.004 entrevistas de pessoas com 16 anos ou mais. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
O Projeto de Lei Complementar n.º 177/2023, que está causando polêmica, alega que o aumento de cadeiras serve para "garantir a proporcionalidade populacional", com base nos dados mais recentes do IBGE. A mudança passaria a valer a partir das eleições de 2026.
A proposta surgiu após determinação do STF, que ordenou a redistribuição de vagas conforme o tamanho atualizado da população dos Estados. Contudo, mesmo os Estados que perderam habitantes, conforme o Censo, não perderão cadeiras na Câmara.
A votação que aprovou o aumento aconteceu no último dia 6 de maio, com 270 deputados votando a favor e 207 contra.
Se o Senado também der sinal verde, o novo número de deputados por Estado será:
Amazonas: de 8 para 10
Ceará: de 22 para 23
Goiás: de 17 para 18
Minas Gerais: de 53 para 54
Mato Grosso: de 8 para 10
Pará: de 17 para 21
Paraná: de 30 para 31
Rio Grande do Norte: de 8 para 10
Santa Catarina: de 16 para 20
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