Irã se prepara para atacar bases dos EUA no Oriente Médio caso Washington entre na guerra ao lado de Israel
Fontes da inteligência e da diplomacia regional alertam que Teerã não apenas mobilizou mísseis e equipamentos bélicos avançados, como também teria planos para atingir todas as bases norte-americanas situadas em países árabes — com os alvos iniciais localizados no Iraque. Trata-se de uma estratégia de retaliação antecipada, em resposta a uma possível intervenção dos EUA contra o programa nuclear iraniano.

O Oriente Médio está prestes a se tornar o epicentro de um novo confronto global. Segundo revelou o jornal The New York Times nesta terça-feira (17/6), o Irã já está pronto para lançar uma ofensiva devastadora contra bases militares dos Estados Unidos espalhadas pela região, caso Washington opte por apoiar militarmente Israel na escalada do conflito.
Fontes da inteligência e da diplomacia regional alertam que Teerã não apenas mobilizou mísseis e equipamentos bélicos avançados, como também teria planos para atingir todas as bases norte-americanas situadas em países árabes — com os alvos iniciais localizados no Iraque. Trata-se de uma estratégia de retaliação antecipada, em resposta a uma possível intervenção dos EUA contra o programa nuclear iraniano.
Autoridades dos Estados Unidos, ouvidas por veículos da mídia internacional, afirmam que pouca preparação seria necessária para que os ataques iranianos fossem iniciados. Como medida preventiva, o governo norte-americano colocou suas tropas em alerta máximo.
Atualmente, mais de 40 mil soldados dos EUA estão posicionados em diferentes pontos do Oriente Médio. O temor em Washington é de que um eventual bombardeio à instalação nuclear de Fordo — considerada vital para o programa atômico do Irã — provoque uma reação em cadeia. Isso incluiria ataques diretos de Teerã e a mobilização de aliados como os Houthis, no Iêmen, que poderiam retomar as ações contra navios no Mar Vermelho.
Outro risco grave é o lançamento de minas no Estreito de Ormuz, passagem estratégica para navios militares e comerciais. Tal movimento poderia paralisar o tráfego marítimo norte-americano no Golfo Pérsico, com sérias repercussões econômicas e militares.
Em meio a pressões crescentes de Israel para que os EUA entrem com força na guerra contra o Irã, o presidente Donald Trump ainda tenta calibrar sua resposta, na tentativa de evitar uma guerra regional em larga escala. No entanto, as últimas declarações indicam que o confronto pode ser iminente.
Segundo o portal Axios, Trump está “considerando seriamente se juntar à guerra”, com ataques diretos a instalações nucleares iranianas.
Na rede Truth Social, o ex-presidente afirmou: “Os EUA sabem exatamente onde está o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, mas ainda não o matarão, pois ele não quer mais danos aos civis.”
A resposta de Khamenei não tardou. Em uma publicação em seu perfil na rede social X, o líder iraniano lançou uma mensagem com peso simbólico e ameaça direta:
“Em nome do nobre Haidar, a batalha começa.”
A palavra “Haidar” significa “leão” ou “guerreiro”, e é um dos títulos de Ali, reverenciado pela tradição islâmica. A frase foi entendida como um chamado à guerra santa.
Comentários (0)