CNN demite Basília Rodrigues e mais de 20 nomes após nova queda de audiência
Na época, a justificativa foi “readequação de custos” em nome do “equilíbrio financeiro”. Mas os dados de 2023 mostram que, mesmo com ajustes, os números não reagiram. Dessa vez, as demissões atingiram vozes de peso — em especial aquelas mais críticas ao viés progressista predominante.

A CNN Brasil anunciou, nesta terça-feira (17), mais uma drástica reestruturação que resultou no cancelamento de quatro programas e na demissão de pelo menos 20 profissionais — entre eles, a comentarista conservadora Basília Rodrigues. A decisão expõe a grave crise de identidade da emissora, que ainda luta para reconquistar o público após sucessivas quedas de audiência, atribuídas à adoção de uma linha editorial progressista que se afastou de boa parte dos telespectadores.
📉 Audiência em queda livre e grade instável
Fontes internas confirmam que os programas afetados vinham sofrendo com índices de audiência abaixo da média do mercado — um cenário que repete o ocorrido em dezembro de 2022, quando cerca de 120 profissionais foram desligados após o fim da “CNN Soft” e o encerramento da operação no Rio de Janeiro.
Na época, a justificativa foi “readequação de custos” em nome do “equilíbrio financeiro”. Mas os dados de 2023 mostram que, mesmo com ajustes, os números não reagiram. Dessa vez, as demissões atingiram vozes de peso — em especial aquelas mais críticas ao viés progressista predominante.
🎯 Nova direção tenta se salvar com “hard news” e cortes salariais
A CNN Brasil diz que os cortes fazem parte de um esforço para “enxugar” a operação e reforçar o foco em jornalismo ao vivo, com cobertura política direta — o chamado formato “hard news”. A emissora também passa a reavaliar salários considerados altos demais em relação ao retorno de audiência.
O tradicional programa “O Grande Debate” seguirá no ar, agora com apresentação de Julliana Lopes. Em nota, a CNN garante que continuará investindo em outros formatos e que os cortes visam garantir a “sustentabilidade da operação”.
Para analistas e ex-profissionais da casa, o movimento é visto como tardio. “Eles perderam o foco e pagam agora o preço por ignorar grande parte da população que pensa diferente do eixo Rio-São Paulo-Brasília”, afirmou um ex-colunista, sob anonimato.
Com o público migrando para canais independentes e digitais de linha mais plural e conservadora, a CNN Brasil tenta se reinventar. Mas a pergunta permanece: ainda há tempo para reconquistar a confiança de quem virou as costas?
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