Benjamim Netanyahu: "Controlamos os céus de Teerã"
A guerra entre Israel e Irã já é, até o momento, o confronto mais direto e destrutivo entre os dois países na história recente do Oriente Médio.

Nos últimos sete dias, Israel e Irã entraram em confronto direto em uma escalada militar sem precedentes. Tudo começou com a operação israelense chamada Rising Lion, lançada em 13 de junho, na qual centenas de ataques aéreos atingiram alvos estratégicos no território iraniano, incluindo instalações nucleares, bases da Guarda Revolucionária e centros de comando. Os ataques causaram destruição considerável e a morte de diversos oficiais militares e cientistas nucleares iranianos.
Comandantes iranianos de alto escalão mortos em ataques israelenses
Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã
Maj. Gen. Mohammad Bagheri
Chefe da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC)
Gen. Hossein Salami
Chefe do Quartel-General Central Khatam Al-Anbiya e
Comandante Sênior da IRGC
Gen. Gholam Ali RashidComandante da Força Aeroespacial da IRGCMaj. Gen. Amir Ali Hajizadeh
Em resposta, o Irã lançou uma ofensiva batizada de Verdadeira Promessa III, disparando centenas de mísseis balísticos e drones contra cidades israelenses como Tel Aviv e Jerusalém, alguns dos quais atingiram áreas civis, incluindo um hospital em Be’er Sheva, deixando dezenas de mortos e feridos.
Com o passar dos dias, o Irã continuou atacando com intensidade, mas sofreu perdas crescentes. Israel manteve o ritmo dos bombardeios, destruindo infraestruturas militares e civis, inclusive shoppings e centros industriais, o que levou ao colapso de serviços em várias cidades iranianas. Teerã, Isfahan, Karaj e outras regiões sofreram apagões, explosões e evacuações em massa. O número de mortos no Irã ultrapassou 600, com mais de mil feridos, enquanto em Israel as mortes chegaram a pelo menos 24, a maioria vítimas de mísseis em áreas civis.
A tensão internacional aumentou à medida que os Estados Unidos, sob o comando de Donald Trump, sinalizaram apoio irrestrito a Israel e iniciaram a mobilização de forças navais no Oriente Médio. O Irã, por sua vez, declarou que qualquer intervenção americana resultaria em guerra total, com ameaças diretas a bases militares dos EUA na região e ao estreito de Ormuz. O risco de um conflito regional mais amplo se intensificou, com a possibilidade de envolvimento do Hezbollah, além de efeitos econômicos globais caso o tráfego de petróleo pelo Golfo Pérsico seja afetado.
Ao completar sete dias de guerra, os ataques continuam dos dois lados, e há expectativa de uma decisão crítica: se os EUA entrarão oficialmente no conflito ou se alguma iniciativa diplomática conseguirá evitar uma escalada ainda maior. A guerra entre Israel e Irã já é, até o momento, o confronto mais direto e destrutivo entre os dois países na história recente do Oriente Médio.
_ Estamos no sexto dia da Operação "Am Kalavi". Controlamos os céus de Teerã, atacamos com armas nucleares e mísseis, e o espírito do povo é forte. Estamos determinados a trazer de volta todos os reféns e derrotar o Hamas. Juntos, lutaremos – e com a ajuda de Deus, juntos, venceremos. Disse o primeiro ministro de Israel Benjamim Netanyahu.
O presidente dos EUA, Donald Trump poderá intervir na guerra entre Israel e Irã, e há sinais concretos de que isso está sendo considerado seriamente. Desde que reassumiu a presidência dos EUA, Trump tem reiterado apoio total a Israel, e seu governo já iniciou movimentos estratégicos na região.
Nos últimos dias, segundo fontes de inteligência e relatórios de imprensa, os EUA:
Mobilizaram navios de guerra e porta-aviões para o Mediterrâneo Oriental e o Golfo Pérsico;
Reforçaram bases americanas no Oriente Médio, especialmente no Bahrein, Catar e Kuwait;
Estão consultando aliados da OTAN, mas não dependem deles para agir;
Emitiram avisos diretos ao Irã de que atacar tropas ou bases americanas resultaria em resposta militar imediata.
Trump também sinalizou, publicamente, que considera o regime iraniano uma ameaça não apenas regional, mas global, o que reforça a possibilidade de uma intervenção militar direta dos EUA ao lado de Israel — especialmente se houver ataques iranianos a alvos americanos ou se a guerra ameaçar o tráfego de petróleo no estreito de Ormuz.
Se isso ocorrer, o conflito pode se transformar rapidamente em uma guerra regional de grande escala, envolvendo o Hezbollah, milícias xiitas no Iraque e possivelmente até a Rússia ou China em termos diplomáticos ou indiretos.
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