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‘Ultrapassou Todos os Limites’: Internautas Exigem Medidas Após Declaração de Comentarista

A reação foi imediata: enquanto muitos usuários exigem um pedido público de desculpas, há quem vá além, clamando por punições severas, como suspensão ou até demissão da comentarista envolvida. “Isso ultrapassa todos os limites do aceitável”, escreveu um perfil indignado.

‘Ultrapassou Todos os Limites’: Internautas Exigem Medidas Após Declaração de Comentarista
‘Ultrapassou Todos os Limites’: Internautas Exigem Medidas Após Declaração de Comentarista (Foto: Reprodução)

Nas redes sociais, um trecho polêmico de um comentário feito por uma jornalista da Globo provocou uma verdadeira tempestade digital. O vídeo, amplamente compartilhado, causou revolta em milhares de internautas e fez a hashtag #VergonhaNaGlobo disparar entre os assuntos mais comentados do Twitter (X) logo nas primeiras horas deste sábado.


A frase, proferida ao vivo durante um dos programas jornalísticos da emissora, foi: “Os mísseis do Irã que caem em Israel e não matam ninguém. Uma mortezinha aqui, outra ali”. O tom utilizado e o sorriso que acompanhou a fala foram destacados por muitos como elementos que agravaram ainda mais a percepção negativa da declaração.

A reação foi imediata: enquanto muitos usuários exigem um pedido público de desculpas, há quem vá além, clamando por punições severas, como suspensão ou até demissão da comentarista envolvida. “Isso ultrapassa todos os limites do aceitável”, escreveu um perfil indignado.

Por outro lado, há também quem tente defender a jornalista, alegando que suas palavras foram distorcidas ou tiradas de contexto. Segundo esses defensores, a intenção teria sido apenas destacar que, mesmo diante do grande volume de mísseis lançados, o impacto em termos de vítimas humanas foi limitado — uma análise, segundo eles, de caráter técnico e não uma celebração das mortes. “Ela estava explicando a situação geopolítica, não comemorando tragédias”, argumentou um usuário.

Debate sobre responsabilidade na cobertura internacional

O episódio reacendeu o debate sobre o papel da imprensa ao cobrir conflitos internacionais. Especialistas em comunicação destacam que jornalistas devem manter o rigor analítico, mas também demonstrar sensibilidade diante de tragédias humanas.


Para a professora de Ética e Jornalismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Beatriz Ferreira, “um comentário como esse desafia os princípios da empatia jornalística. O jornalista não é apenas um analista frio da realidade: ele tem uma responsabilidade ética perante a dor do outro”.

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