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Rússia e China se levantam contra ataques dos EUA ao Irã

Como esperado, russos e chineses criticaram decisão dos EUA

Rússia e China se levantam contra ataques dos EUA ao Irã
Rússia e China se levantam contra ataques dos EUA ao Irã (Foto: Reprodução)

Após os Estados Unidos entrarem diretamente no conflito entre Israel e Irã ao bombardear três instalações nucleares iranianas neste sábado (21), as potências Rússia e China reagiram com veemência, acusando Washington de agravar a crise no Oriente Médio e violar tratados internacionais.


A Rússia foi direta em seu repúdio. Em comunicado oficial, o Ministério das Relações Exteriores classificou a ação americana como “irresponsável” e exigiu “o fim da agressão”.


“A decisão irresponsável de submeter o território de um Estado soberano a ataques com mísseis e bombas, independentemente dos argumentos utilizados, viola gravemente o direito internacional, a Carta das Nações Unidas e as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, que classificam tais ações como inaceitáveis”, declarou o governo russo.


A nota russa destacou ainda a gravidade de os ataques terem sido realizados por um país com assento permanente no Conselho de Segurança da ONU:


“É especialmente alarmante que os ataques tenham sido realizados por um país membro permanente do Conselho de Segurança da ONU”, alertou o comunicado, que também exigiu uma resposta “honesta” e imediata da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), responsável pelo monitoramento do programa nuclear iraniano.


Seguindo o mesmo tom, o governo chinês também condenou os bombardeios americanos. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que os ataques “exacerbaram as tensões no Oriente Médio” e “violam seriamente os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas e a legalidade internacional”.


“A China apela às partes em conflito, e a Israel em particular, para que alcancem um cessar-fogo o mais rápido possível, garantam a segurança dos civis e iniciem o diálogo e a negociação”, diz a nota da chancelaria chinesa.


O governo de Pequim reforçou ainda sua disposição de atuar junto à comunidade internacional:


“Estamos preparados para unir esforços, defender a justiça e trabalhar para restabelecer a paz e a estabilidade no Oriente Médio”, completou.


Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que forças aéreas americanas atacaram três centros nucleares estratégicos do Irã, marcando um novo e perigoso capítulo na escalada da guerra entre Irã e Israel. Teerã respondeu bombardeando novos alvos israelenses, intensificando ainda mais o cenário de confronto direto entre as potências do Oriente Médio.

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