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Perdido, Governo Lula critica isenção fiscal milionária concedida por ele mesmo

A situação veio à tona após a publicação de redes oficiais nas redes do governo,

Perdido, Governo Lula critica isenção fiscal milionária concedida por ele mesmo
Perdido, Governo Lula critica isenção fiscal milionária concedida por ele mesmo (Foto: Reprodução)

O Governo Federal gerou polêmica nas redes sociais ao criticar uma isenção fiscal que ele mesmo aprovou. A situação veio à tona após a publicação de redes oficiais nas redes do governo, na sexta-feira (20), defendendo o programa Bolsa Família e condenando supostos privilégios fiscais a grandes empresas.


Uma das artes replicadas pelo perfil oficial do Governo Federal no Instagram foi criada originalmente pelo economista Presley Vasconcellos. Nela, é questionado: “Vamos falar da verdadeira preguiça?”. A mensagem segue com a acusação: “Só entre 2024 e 2025, foram R$ 400 bilhões em renúncias e isenções. Dá R$ 4 milhões por empresa. E sabe o que exigem em troca? Nada.” Crítica incluiu caso aprovado pelo próprio governo

A crítica toma um rumo contraditório ao citar como exemplo negativo a matéria publicada no portal Metrópoles, que revelou o acordo firmado entre a varejista Americanas e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). O entendimento permitiu à empresa renegociar uma dívida de R$ 865 milhões com desconto de mais de R$ 500 milhões. O mecanismo usado é previsto legalmente, trata-se de uma transação tributária, regulada pelo Executivo e operacionalizada por órgãos como a PGFN e a Advocacia-Geral da União (AGU). A empresa, atualmente em recuperação judicial, informou que os efeitos do acordo estarão refletidos nas demonstrações financeiras do segundo trimestre de 2025. A crítica feita pela postagem, portanto, ataca uma política pública do próprio governo Lula.


Contradição na comunicação oficial

A varejista afirmou que a negociação traz “benefícios econômicos adicionais“, como a dispensa de garantias judiciais e redução de honorários e custos processuais. A repercussão foi imediata, com usuários apontando incoerência entre a gestão econômica e a propaganda oficial.


O caso da Americanas segue gerando repercussão após a revelação de “inconsistências contábeis” em janeiro de 2023, com rombo estimado em R$ 25 bilhões. Em abril de 2025, 13 ex-executivos e funcionários foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por crimes como associação criminosa, falsidade ideológica, manipulação de mercado e uso de informação privilegiada.

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