Jamais passaria a faixa para um ladrão": Bolsonaro rompe o silêncio e denuncia perseguição política
Em meio ao discurso, Bolsonaro rechaçou as acusações de tentativa de golpe de Estado — processo político conduzido hoje por ministros do STF, criticados por parcialidade.

Durante um grande ato na Avenida Paulista neste domingo (29/6), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi direto ao ponto ao afirmar: “jamais passaria a faixa para um ladrão”. A fala se referia à sua viagem aos Estados Unidos após as eleições de 2022, quando se recusou a participar da cerimônia de posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acusado por muitos brasileiros de corrupção e desmandos.
Em meio ao discurso, Bolsonaro rechaçou as acusações de tentativa de golpe de Estado — processo político conduzido hoje por ministros do STF, criticados por parcialidade. O ex-presidente destacou que, mesmo discordando do resultado das eleições, “fizemos transição pacífica elogiada por Geraldo Alckmin (PSB), que foi responsável por receber isso do nosso lado”. Segundo ele, não houve qualquer movimentação golpista, mas sim responsabilidade e respeito pelas instituições
“Nomeamos dois comandantes de Forças a pedido desse cara que está no governo agora. Quem quer dar golpe nomeia comandantes a pedido do governo opositor?”, questionou. Bolsonaro ainda explicou o motivo de sua saída do Brasil em 30 de dezembro: “No dia 30, algo me fez sair do Brasil. Não era apenas para não passar a faixa? Jamais eu passaria a faixa para um ladrão”.
Mais adiante, voltou a denunciar a hipocrisia da esquerda e a perseguição que vem sofrendo: “Me processam, mas não processam por corrupção, por desviar dinheiro da Petrobrás, por assaltar o fundo de pensão do Banco do Brasil ou dos Correios. Não me processam por achar dinheiro em apartamento meu. Ou ter um sítio em algum lugar, ou um apartamento na beira da praia. Me processam por uma fumaça de golpe”, declarou.
O ex-presidente também repudiou a narrativa construída em torno dos atos de 8 de janeiro, responsabilizando a esquerda por omissão e manipulação política. O evento marcou a 6ª manifestação convocada por Bolsonaro desde que deixou a Presidência, sempre reunindo multidões. Com o lema “Justiça Já”, o ato cobrou imparcialidade do STF e repudiou o julgamento político que tenta criminalizar a oposição conservadora.
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