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Chefe dos Correios é pressionado pelo Governo a demitir funcionários

De acordo com relatos, a reunião foi marcada por um clima tenso entre Rui e Fabiano. Procurado pela coluna por meio de sua assessoria, o ministro da Casa Civil não respondeu.

Chefe dos Correios é pressionado pelo Governo a demitir funcionários
Chefe dos Correios é pressionado pelo Governo a demitir funcionários (Foto: Reprodução)

Pelos números apresentados no encontro, essas duas ações poderiam render aproximadamente R$ 2 bilhões aos cofres da estatal, que fechou 2024 com um prejuízo recorde de R$ 2,6 bilhões em 2024.

A coluna apurou que as sugestões foram dadas pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, ao chefe dos Correios em uma reunião em meados de junho. A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, participou da conversa.

De acordo com relatos, a reunião foi marcada por um clima tenso entre Rui e Fabiano. Procurado pela coluna por meio de sua assessoria, o ministro da Casa Civil não respondeu. O espaço segue aberto. Apesar da sugestão de Rui, o presidente dos Correios não pretende adotar as medidas. A ideia dele, segundo aliados, é demitir apenas os funcionários que aderiram ao recente Programa de Demissão Voluntária (PDV).

Fabiano tem dito a interlocutores, de acordo com relatos à coluna, que não quer entrar para a história como o presidente dos Correios que abriu caminho para a privatização da empresa.

Presidente dos Correios procura Haddad

Pressionado, o presidente dos Correios buscou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para pedir ajuda. Segundo fontes da estatal, os dois conversaram recentemente sobre o cenário da empresa.

Fabiano avalia que, para salvar as contas da estatal, o governo teria de fazer um aporte de cerca de R$ 1 bilhão em 2025. Haddad, contudo, não fez qualquer compromisso em relação a isso.

Fritura pública incomoda

O mandato de Fabiano à frente dos Correios se encerra em 6 de agosto de 2025. Diante da pressão, o executivo já deixou claro ao Planalto que não pretende permanecer no cargo.

Fabiano é próximo ao advogado Marco Aurélio de Carvalho. O jurista é amigo de Lula e coordenador do Prerrogativas, grupo de advogados antilavajatistas que apoia o governo.

Embora o presidente dos Correios já tenha demonstrado intenção de deixar o cargo em agosto, ele e integrantes do Prerrogativas estão incomodados com a fritura pública à qual o executivo tem sido submetido.

O comando dos Correios é desejado pelo presidente do Senado. O argumento de Alcolumbre é de que seu partido já comanda o Ministério das Comunicações, pasta à qual a estatal está oficialmente vinculada.

Metrópoles

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