TCU investiga sigilo em gastos para trazer condenada peruana ao Brasil, deputada de direita cobra transparência em asilo suspeito
A apuração foi provocada pela deputada federal Caroline de Toni (PL-SC), que cobrou transparência do Executivo sobre o caso. O processo ainda segue sob sigilo, sem qualquer documento disponível ao público.

O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu uma investigação sobre o estranho sigilo de cinco anos imposto aos gastos realizados pelo governo brasileiro para trazer ao país, em avião da Força Aérea Brasileira (FAB), a ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia — condenada por lavagem de dinheiro.
A apuração foi provocada pela deputada federal Caroline de Toni (PL-SC), que cobrou transparência do Executivo sobre o caso. O processo ainda segue sob sigilo, sem qualquer documento disponível ao público.
Antes disso, a deputada já havia criticado publicamente a presença da ex-primeira-dama peruana no Brasil por meio de seu perfil na rede social X.
Enquanto isso, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, justificou o abrigo dado à condenada com a seguinte frase: – “É uma questão de caráter humanitário”. Um argumento que, curiosamente, não foi lembrado quando cidadãos brasileiros, presos após os atos de 8 de janeiro, foram tratados com extremo rigor e deixados em condições degradantes, mesmo sem condenação definitiva.
Nadine Heredia chegou ao Brasil no dia 16 de abril. Ela e seu marido, o ex-presidente Ollanta Humala, foram condenados a 15 anos de prisão por envolvimento em corrupção, em um processo ligado à Operação Lava Jato.
O ex-presidente compareceu ao tribunal, foi condenado e preso imediatamente. Já Nadine, que não esteve presente na audiência, correu para a embaixada brasileira com seu filho, Samir Mallko Ollanta Humala Heredia, e solicitou asilo. Alegou perseguição política e problemas de saúde — mais precisamente, um câncer.
O governo Lula prontamente concedeu o asilo sob a justificativa de “proteção humanitária”. No entanto, a pressa em atender uma forasteira condenada por corrupção contrasta com o silêncio e o desprezo diante da dor de milhares de famílias brasileiras que veem seus entes presos há mais de um ano por motivos políticos.
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