Lula no Brics: “Mais fácil investir na guerra do que na paz”
Segundo o petista, a decisão da aliança militar de aplicar 5% do PIB em defesa seria uma forma de fomentar uma “corrida armamentista”. Ele declarou: “É mais fácil destinar 5% do PIB para gastos militares do que alocar os 0,7% prometidos para Assistência Oficial ao Desenvolvimento.

Durante a sessão sobre paz, segurança e governança global na cúpula do Brics neste domingo (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a adotar um discurso alinhado às agendas progressistas e contrárias ao fortalecimento militar do Ocidente. Em suas declarações, Lula criticou duramente os investimentos em defesa, apontando como “excessivos” os recursos direcionados à segurança pelas nações da OTAN.
Segundo o petista, a decisão da aliança militar de aplicar 5% do PIB em defesa seria uma forma de fomentar uma “corrida armamentista”. Ele declarou: “É mais fácil destinar 5% do PIB para gastos militares do que alocar os 0,7% prometidos para Assistência Oficial ao Desenvolvimento. Isso evidencia que os recursos para implementar a Agenda 2030 existem, mas não estão disponíveis por falta de prioridade política. É sempre mais fácil investir na guerra do que na paz“.
No mesmo tom, Lula atacou a atuação do Conselho de Segurança da ONU, acusando o órgão de estar “paralisado” diante dos conflitos globais. Para ele, o Conselho perdeu sua credibilidade:
“As reuniões do Conselho de Segurança da ONU reproduzem um enredo cujo desfecho todos conhecemos: perda de credibilidade e paralisia. Ultimamente sequer é consultado antes do início de ações bélicas. Velhas manobras retóricas são recicladas para justificar intervenções ilegais.”
O presidente brasileiro também expressou desconfiança em relação ao trabalho da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), insinuando que o órgão estaria sendo manipulado. “Assim como ocorreu no passado com a Organização para a Proibição de Armas Químicas, a instrumentalização dos trabalhos da Agência Internacional de Energia Atômica coloca em jogo a reputação de um órgão fundamental para a paz. O temor de uma catástrofe nuclear voltou ao cotidiano”, afirmou.
As declarações revelam mais uma vez o posicionamento ideológico de Lula, que prefere condenar o investimento em segurança internacional ao invés de reconhecer o papel estratégico da defesa na proteção das nações livres frente às ameaças globais.
*As informações são do Portal Metropoles.
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