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Deputado que traiu Bolsonaro e apoiou o PT agora é alvo da Polícia Federal por corrupção no Ceará

A Polícia Federal cumpriu nesta terça uma série de mandados contra um esquema de fraudes e desvio de recursos públicos no Ceará, e um dos principais alvos foi justamente o gabinete de Júnior Mano, em Brasília.

Deputado que traiu Bolsonaro e apoiou o PT agora é alvo da Polícia Federal por corrupção no Ceará
Deputado que traiu Bolsonaro e apoiou o PT agora é alvo da Polícia Federal por corrupção no Ceará (Foto: Reprodução)

O deputado federal Júnior Mano (PSB-CE) voltou aos holofotes nesta terça-feira (8), desta vez como alvo de uma operação da Polícia Federal. O mesmo político que, em 2024, chocou os conservadores ao trair o então presidente Jair Bolsonaro e apoiar publicamente Evandro Leitão (PT) na disputa pela Prefeitura de Fortaleza, agora está na mira da Justiça por esquemas de desvio de dinheiro público.

Na época, a traição não passou impune: "Ele foi expulso do PL a pedido do próprio Bolsonaro", após articular um grande evento pró-PT, reunindo dezenas de prefeitos em apoio ao candidato da esquerda. Em vez de se alinhar ao conservador André Fernandes (PL-CE), Júnior Mano preferiu abraçar o projeto do PT, mesmo já fazendo parte da ala “governista” dentro do antigo partido.

Logo após ser expulso, se abrigou no PSB, partido aliado do governo Lula, onde conta com o apoio do senador Cid Gomes (PSB-CE). O objetivo? Disputar uma cadeira no Senado em 2026 — agora respaldado pelo establishment da esquerda.


SOBRE A OPERAÇÃO

A Polícia Federal cumpriu nesta terça uma série de mandados contra um esquema de fraudes e desvio de recursos públicos no Ceará, e um dos principais alvos foi justamente o gabinete de Júnior Mano, em Brasília.

Além disso, houve buscas em Fortaleza, Nova Russas, Eusébio, Canindé e Baixio. A ofensiva foi autorizada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que também ordenou a quebra de sigilo dos celulares apreendidos e o bloqueio de até R$ 54,6 milhões dos investigados.

Segundo a PF, a quadrilha manipulava licitações por meio de empresas ligadas ao grupo e repassava recursos públicos de forma ilícita. Parte do dinheiro era desviada para pagamentos ilegais e favorecimento político.


Entre os crimes apurados estão: organização criminosa, compra de votos, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica com fins eleitorais.

Até o momento, Júnior Mano se mantém em silêncio e não comentou o caso em suas redes sociais.

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