Com economia patinando, Haddad pensa em sair para ajudar campanha do PT
Apesar dessa intenção, Haddad foi direto ao dizer que não tem como garantir sua permanência no ministério. Segundo o próprio, essa decisão está nas mãos do presidente da República. As declarações foram feitas ao portal Metrópoles.
O atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (8) que não pretende deixar o cargo para disputar as eleições de 2026. Segundo ele, seu desejo é permanecer à frente da pasta até o final do mandato de Lula, com o objetivo de finalizar a agenda econômica iniciada pelo governo petista.
Apesar dessa intenção, Haddad foi direto ao dizer que não tem como garantir sua permanência no ministério. Segundo o próprio, essa decisão está nas mãos do presidente da República. As declarações foram feitas ao portal Metrópoles.
“O que me perguntaram foi: ‘Você pretende ficar até o final do mandato?’. Eu disse que pretendo, mas não é algo que eu possa garantir, porque não tenho um mandato. O cargo é do presidente da República. Eu gostaria de concluir minha agenda à frente da Fazenda”, disse Haddad.
O ministro também revelou que nunca tratou com Lula sobre uma eventual candidatura sua em 2026. De acordo com ele, o assunto sequer foi levantado entre os dois.
“Eu nunca conversei sobre 2026 com o presidente. Nunca. Nunca conversamos sobre isso (…) Nós conversamos sobre ele [a candidatura de Lula à reeleição]”, acrescentou.
Nos bastidores do PT, há quem defenda o nome de Haddad como possível candidato ao Senado. O próprio ministro, no entanto, admitiu que, caso assuma um papel de coordenação da campanha de reeleição de Lula, não teria como continuar no cargo.
“Se eu for coordenar a campanha ou o programa de governo, não posso ficar [na Fazenda]”, explicou.
Ao fim da entrevista, Haddad voltou a demonstrar lealdade pessoal a Lula, destacando sua proximidade com o petista desde o período em que o ex-presidente foi preso por corrupção e lavagem de dinheiro — fatos registrados em decisões judiciais, apesar de posteriormente anuladas por tecnicalidades.
“Tenho uma relação de 30 anos com o presidente Lula. Não é uma relação de hoje. E assim, nos piores momentos, não é no bem bom, porque no bem bom todo mundo é parceiro. No pior momento da vida dele, algumas pessoas ficaram do lado dele. Eu tive a honra de ser uma delas”, completou.
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