Moraes prorroga investigação da PF contra Eduardo Bolsonaro

O pedido para essa nova prorrogação foi feito pela própria PF na quinta-feira (3), alegando precisar de mais tempo para concluir o inquérito.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a estender por mais 60 dias o inquérito da Polícia Federal contra o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A decisão, publicada nesta segunda-feira (7), foi fundamentada na suposta “necessidade de prosseguimento das investigações, com a realização de diligências ainda pendentes”.

O pedido para essa nova prorrogação foi feito pela própria PF na quinta-feira (3), alegando precisar de mais tempo para concluir o inquérito. Eduardo Bolsonaro está fora do Brasil desde março, atualmente nos Estados Unidos. Ele é acusado de tentar “obstruir investigação de organização criminosa” e de supostamente atuar para uma “abolição violenta do Estado Democrático de Direito” — acusações que muitos consideram vagas e politicamente direcionadas.

O inquérito foi aberto em 26 de maio, após solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR). A alegação seria de que Eduardo estaria fazendo postagens em redes sociais e declarações públicas pressionando para que os EUA adotassem sanções contra ministros do STF e outras autoridades envolvidas em abusos de poder.

Como parte dessa investigação, a PF chegou a ouvir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pai de Eduardo. O ex-chefe do Executivo confirmou ter enviado R$ 2 milhões ao filho, via Pix, no dia 13 de maio. Segundo Bolsonaro, o valor veio dos R$ 17 milhões arrecadados por ele em 2023, por meio de uma vaquinha para o pagamento de multas injustas impostas durante a pandemia.