Trump ignora Lula e impõe novo líder militar dos EUA no Brasil
Nos bastidores do Ministério da Defesa, o silêncio e o formato atípico da cerimônia foram interpretados como mais um sinal do esfriamento nas relações entre Brasil e EUA — agora também no campo militar. “A relação que antes era de confiança e parceria, está claramente sendo revista”, afirmou uma fonte da área.

Em um gesto que soou como um claro recado de afastamento diplomático, a Embaixada dos Estados Unidos em Brasília oficializou a troca de seu adido de defesa em uma cerimônia discreta, sem a presença de autoridades do governo Lula e tampouco de militares brasileiros. O novo representante militar norte-americano, que sequer fala português e não tem histórico de atuação no Brasil, assumiu o posto longe dos protocolos tradicionais que costumavam marcar esse tipo de transição.
Nos bastidores do Ministério da Defesa, o silêncio e o formato atípico da cerimônia foram interpretados como mais um sinal do esfriamento nas relações entre Brasil e EUA — agora também no campo militar. “A relação que antes era de confiança e parceria, está claramente sendo revista”, afirmou uma fonte da área.
Historicamente, as Forças Armadas brasileiras e americanas mantinham uma relação sólida de intercâmbio técnico, científico e estratégico. Essa parceria, porém, tem sido corroída pelo atual cenário político e por divergências ideológicas cada vez mais explícitas. A postura da administração Trump, mais firme e pragmática, contrasta fortemente com a política externa conduzida pelo governo Lula.
A substituição do adido militar sem sequer um gesto de aproximação com o Ministério da Defesa brasileiro quebra uma tradição diplomática de décadas. “Essa quebra de protocolo é simbólica. É como dizer: não estamos mais no mesmo alinhamento”, comentou outro interlocutor militar.
O distanciamento se intensificou após o recente “tarifaço” anunciado por Trump, que impôs uma taxação de 50% sobre produtos brasileiros. A medida, encarada por muitos como uma retaliação à falta de alinhamento entre os dois governos, ampliou ainda mais o abismo entre Brasília e Washington.
Na avaliação de analistas, a escolha de um adido sem experiência com o Brasil e sem qualquer sinal de cooperação conjunta reforça a deterioração das relações bilaterais, especialmente na área de defesa, onde a confiança e o diálogo sempre foram pilares fundamentais.
Comentários (0)