cover
Tocando Agora:

URGENTE: Alckmin confirma decreto de retaliação contra tarifaço de Trump e promete reagir à altura: “O que taxarem lá, vamos taxar aqui”

Na última semana, os EUA notificaram 24 parceiros comerciais sobre a entrada em vigor, a partir de 1º de agosto, de novas tarifas sobre importações. O Brasil foi o principal alvo, com uma tarifa de 50% — a mais alta entre os países afetados.

URGENTE: Alckmin confirma decreto de retaliação contra tarifaço de Trump e promete reagir à altura: “O que taxarem lá, vamos taxar aqui”
URGENTE: Alckmin confirma decreto de retaliação contra tarifaço de Trump e promete reagir à altura: “O que taxarem lá, vamos taxar aqui” (Foto: Reprodução)

Alckmin confirma decreto de retaliação contra tarifaço de Trump e promete reagir à altura: “O que taxarem lá, vamos taxar aqui”


Durante a inauguração de um viaduto em Francisco Morato (SP), neste domingo (13), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) declarou que o governo federal vai publicar, até terça-feira (15), o decreto que regulamenta a chamada Lei da Reciprocidade Econômica. A medida permitirá ao Brasil revidar, com força proporcional, o tarifaço de 50% imposto pelo ex-presidente Donald Trump sobre produtos brasileiros.

Alckmin destacou que a lei, aprovada pelo Congresso Nacional, garante ao Brasil o direito de aplicar sanções não apenas tarifárias, mas também comerciais, caso haja medidas unilaterais que prejudiquem a economia nacional. “O Congresso Nacional aprovou uma lei importante chamada de reciprocidade dizendo: ‘Olha, o que tarifar lá, tarifa aqui’. Esta lei permite não só questões tarifárias, mas também não tarifárias. Ela precisa ser regulamentada. A regulamentação, que é por decreto, deve estar saindo amanhã ou terça-feira”, afirmou.


O vice-presidente também revelou que o governo acionará a Organização Mundial do Comércio (OMC) e continuará pressionando para reverter a taxação americana, que classificou como “inadequada”. Alckmin ainda ressaltou que um grupo de trabalho foi montado para estudar formas de reação e ouvir o setor produtivo, que pode ser fortemente atingido.

“Temos 200 anos de amizade com os Estados Unidos, então não justifica [taxar]. O mundo econômico precisa de estabilidade e de previsibilidade. Nós precisamos de previsibilidade, então nós vamos trabalhar para reverter”, concluiu.

O que é a Lei da Reciprocidade Econômica


Sancionada por Lula, a Lei da Reciprocidade Econômica autoriza o Brasil a responder com medidas equivalentes a países que apliquem sanções econômicas unilaterais contra produtos e setores brasileiros.


O projeto ganhou força depois que Trump anunciou a taxação de 10% sobre produtos nacionais e até 25% sobre aço e alumínio vindos do Brasil. Com a nova lei, o governo brasileiro poderá sobretaxar mercadorias americanas, suspender concessões comerciais, congelar acordos de investimento e até ignorar compromissos com propriedade intelectual dos EUA.

Contudo, a lei exige que, antes de partir para o contra-ataque, sejam feitas tentativas diplomáticas de resolução e implementadas medidas emergenciais provisórias.

Brasil na mira de Trump: tarifaço atinge em cheio setores estratégicos

Na última semana, os EUA notificaram 24 parceiros comerciais sobre a entrada em vigor, a partir de 1º de agosto, de novas tarifas sobre importações. O Brasil foi o principal alvo, com uma tarifa de 50% — a mais alta entre os países afetados.

Entre os setores mais atingidos estão agricultura e indústria, com prejuízos projetados para exportações de petróleo, aço, celulose, café, sucos, carnes, aviões e equipamentos de energia.

Hoje, cerca de 12% das exportações brasileiras são destinadas ao mercado norte-americano. Caso não haja acordo com os EUA até o dia 1º de agosto, o governo brasileiro não descarta aplicar sanções com base na nova legislação.


PAÍSES ATINGIDOS PELO TARIFAÇO (ENTRA EM VIGOR EM 1º DE AGOSTO)


Brasil: 50%


Laos: 40%


Myanmar: 40%


Camboja: 36%


Tailândia: 36%


Bangladesh: 35%


Sérvia: 35%


Indonésia: 32%


África do Sul: 30%


Argélia: 30%


União Europeia: 30%


Coreia do Sul: 25%


Japão: 25%


Filipinas: 20%

Entre outros países listados.


*As informações são do Portal Metropoles

Comentários (0)