PT aciona STF para tentar calar família Bolsonaro após denúncias contra Moraes
O inquérito foi instaurado pelo próprio Moraes após manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR). O objetivo é investigar se Eduardo cometeu os supostos crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigações relacionadas a organização criminosa e tentativa de “abolição violenta do Estado Democrático de Direito”.

O deputado petista Lindbergh Farias (RJ), líder do PT na Câmara, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que o ex-presidente Jair Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) sejam incluídos em um inquérito já aberto contra o deputado Eduardo Bolsonaro. A ação parece uma retaliação direta às denúncias internacionais feitas por Eduardo contra o ministro Alexandre de Moraes.
O inquérito foi instaurado pelo próprio Moraes após manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR). O objetivo é investigar se Eduardo cometeu os supostos crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigações relacionadas a organização criminosa e tentativa de “abolição violenta do Estado Democrático de Direito”. O pano de fundo da perseguição? O trabalho do deputado nos EUA, onde tem alertado autoridades sobre os abusos de poder no Brasil e pedido sanções contra Moraes.
Segundo Lindbergh, “é notório que o deputado federal Eduardo Bolsonaro se encontra nos Estados Unidos, atuando junto a autoridades e agentes políticos para viabilizar apoio às sanções contra o Brasil, apresentando o STF como inimigo da liberdade e promovendo investida diplomática contra os interesses nacionais”. O petista tenta criminalizar o esforço de Eduardo, que na visão de muitos conservadores, é uma tentativa legítima de defesa da liberdade e da democracia brasileira no exterior.
O parlamentar do PT também citou uma entrevista concedida por Flávio Bolsonaro à CNN Brasil e uma postagem feita por Jair Bolsonaro nas redes sociais. Flávio declarou que um possível caminho para reverter a tarifa de 50% imposta pelos EUA seria aprovar uma anistia ampla e irrestrita, enquanto Jair Bolsonaro reforçou: “ainda é possível salvar o Brasil”, cobrando medidas urgentes das autoridades para restaurar a normalidade institucional.
Lindbergh acusou a família Bolsonaro de querer transformar o Brasil em um “satélite de um projeto internacional de extrema-direita”, o que, segundo ele, colocaria em risco a soberania nacional e o funcionamento das instituições. Uma acusação que, para muitos, revela o medo do PT diante do avanço da oposição dentro e fora do país.
Agora, caberá ao ministro Alexandre de Moraes, justamente o alvo das denúncias de Eduardo, decidir se Flávio e Jair Bolsonaro também serão investigados por suposta obstrução de justiça. A imparcialidade da decisão será, sem dúvida, questionada por uma parcela significativa da população.
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