Comentarista da GloboNews admite: tarifa de Trump é resposta ao alinhamento ideológico da esquerda brasileira com os Brics
Merval deixou claro que a medida adotada por Trump é uma reação direta à aproximação do Brasil com o bloco Brics, notadamente à ideia encabeçada por Lula de criação de uma moeda própria para rivalizar com o dólar.

Durante o programa Estúdio I da GloboNews, na última quinta-feira (10), o comentarista Merval Pereira reconheceu que a decisão do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto tem um claro viés político — e que o alvo é o atual governo Lula, não a antiga gestão Bolsonaro.
Merval deixou claro que a medida adotada por Trump é uma reação direta à aproximação do Brasil com o bloco Brics, notadamente à ideia encabeçada por Lula de criação de uma moeda própria para rivalizar com o dólar.
“É a única decisão política que o Trump tomou sobre tarifas. Nem a China foi punida assim”, afirmou o jornalista, dando dimensão do desconforto causado por Lula e seus aliados.
Esquerdismo na política externa irrita Trump
O comentarista também destacou que a guinada ideológica da diplomacia brasileira, com Lula buscando alianças entre países do chamado "sul global" para se opor às potências ocidentais, tem causado incômodo nos EUA:
“A política externa do governo Lula sempre foi mais à esquerda, de países do sul contra o norte. Isso incomoda Trump.”
Tarifa seria reação preventiva aos planos do Brics
Segundo Merval, Trump estaria se antecipando aos movimentos do Brics, mesmo que muitos projetos do grupo — como a moeda única — ainda não tenham saído do papel. A simples intenção do bloco já teria motivado a resposta dura do ex-presidente norte-americano:
“Trump quer reagir a planos que nem saíram do papel”, analisou o comentarista.
Ainda que o Brics enfrente dificuldades internas para avançar, o alinhamento do Brasil com regimes autoritários e projetos anticapitalistas parece ter acendido o alerta em Washington. Para muitos, a tarifa seria um recado claro: os EUA estão dispostos a reagir ao avanço da influência da esquerda global, onde quer que ela surja.
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