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Eduardo Bolsonaro desafia Moraes e diz: “Se quiser, que mande o pedido de extradição para os EUA”

A fala acontece em um momento de intensa pressão contra conservadores e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, principalmente no contexto das investigações controversas sobre os eventos de 8 de Janeiro. Eduardo denuncia uma articulação da base aliada do governo Lula para silenciar opositores e perseguir politicamente figuras da direita.

Eduardo Bolsonaro desafia Moraes e diz: “Se quiser, que mande o pedido de extradição para os EUA”
Eduardo Bolsonaro desafia Moraes e diz: “Se quiser, que mande o pedido de extradição para os EUA” (Foto: Reprodução)

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) lançou um duro recado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao desafiá-lo abertamente a condená-lo mesmo sem julgamento e solicitar sua extradição aos Estados Unidos. A declaração contundente foi feita em entrevista à Coluna do Estadão, publicada nesta segunda-feira (14), onde Eduardo afirmou, sem rodeios, que não pretende retornar ao Brasil diante do atual cenário que classificou como de perseguição jurídica e política.


“Eu não vou, sem ter cometido crime nenhum, forçar minha esposa e meus familiares a me visitarem numa cadeia injusta”, declarou o parlamentar. Logo depois, lançou o desafio ao ministro do STF: “Se o Alexandre de Moraes quiser, eu desafio ele a me condenar à revelia e mandar o pedido de extradição para os Estados Unidos.”


A fala acontece em um momento de intensa pressão contra conservadores e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, principalmente no contexto das investigações controversas sobre os eventos de 8 de Janeiro. Eduardo denuncia uma articulação da base aliada do governo Lula para silenciar opositores e perseguir politicamente figuras da direita.


Durante a entrevista, o deputado acusou Moraes de tentar usar o Judiciário como ferramenta de repressão contra quem pensa diferente. “Ele ia tentar colocar uma coleira em mim, tirar meu passaporte, me fazer de refém, ficar ameaçando”, afirmou, justificando por que decidiu permanecer nos Estados Unidos. Segundo ele, as investidas do ministro — como o pedido de apreensão de seu passaporte e a ameaça de prisão — o obrigaram a considerar renunciar ao mandato de deputado, cuja licença se encerra neste domingo.


Nos Estados Unidos desde fevereiro, Eduardo tem se reunido com lideranças conservadoras e movimentos pró-liberdade. Ele diz que seu trabalho fora do país tem sido mais útil à causa conservadora do que se estivesse no Brasil. “Minha atuação aqui é mais importante do que qualquer atividade que poderia desempenhar no Brasil neste momento”, pontuou.


Ele ainda fez um alerta sobre o rumo do Brasil sob a atual gestão: “Trump está tentando corrigir e não interferir. Porque ele sabe que, se não houver uma pressão de fora, o Brasil vai ficar no mesmo nível da Venezuela.”


Questionado se teria comunicado ao pai, Jair Bolsonaro, sobre a decisão de não voltar, Eduardo foi direto: “Tenho dois caminhos bem claros: seguir nos Estados Unidos trabalhando na nossa causa ou retornar para ser preso. Acho que ninguém duvida que eu seria preso se eu retornar para o Brasil.”


Até agora, o STF e o ministro Alexandre de Moraes não se pronunciaram sobre as declarações. Também não há nenhum pedido oficial de extradição registrado.

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