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Produtores rurais ampliam apoio a Bolsonaro após tarifação dos EUA

A mobilização tem ocorrido principalmente em grupos de WhatsApp e por meio de vídeos divulgados nas redes sociais.

Produtores rurais ampliam apoio a Bolsonaro após tarifação dos EUA
Produtores rurais ampliam apoio a Bolsonaro após tarifação dos EUA (Foto: Reprodução)

Setor atribui crise a falta de diálogo do governo Lula com Washington

O aumento de 50% na tarifa dos Estados Unidos sobre exportações brasileiras provocou reações no setor agropecuário, que intensificou o apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A mobilização tem ocorrido principalmente em grupos de WhatsApp e por meio de vídeos divulgados nas redes sociais.


A medida, anunciada pelo presidente Donald Trump, gerou críticas dentro do agronegócio à atuação diplomática do governo Lula, acusado por lideranças rurais de falhar no diálogo com Washington.

Governo Lula responsabiliza Bolsonaro pela retaliação

O governo federal atribuiu a responsabilidade a Bolsonaro e seus aliados, sustentando que a tarifa é uma retaliação política às ações do STF, especialmente no contexto eleitoral de 2026. Durante o anúncio da medida, Trump mencionou o julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe, chamando o processo de “vergonha internacional” e “caça às bruxas”.


Mobilização no campo

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e aliados defendem que a tarifa só será revertida se houver “anistia ampla, geral e irrestrita” para o ex-presidente. Contudo, Paulo Junqueira, presidente do Sindicato Rural de Ribeirão Preto e da Associação Rural do Vale do Rio Pardo (Assovale), afirmou à CNN Brasil que embora haja apoio a Bolsonaro, não vê relação direta entre anistia e recuo do tarifaço.

“Para mim, que represento uma boa parte do agro, a culpa do tarifaço é do presidente Lula e da equipe dele, que não está dialogando com os Estados Unidos. Bolsonaro deu paz e segurança jurídica aos produtores rurais”, afirmou Junqueira.


Causa do tarifaço e divisão no agro

Junqueira sugeriu que a Cúpula do Brics, realizada no Rio de Janeiro, teria influenciado a decisão de Trump, e não uma solicitação direta de Bolsonaro. Sobre as divisões dentro do agronegócio, ele disse que apenas o segmento “agro business, o agro faria limer” é contra o ex-presidente.

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