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Trump estuda punir Gonet por pedir prisão de Jair Bolsonaro

Segundo fontes próximas à diplomacia americana, as punições seriam viabilizadas com base na Lei Magnitsky — usada para punir violações de direitos humanos — e na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA), que permite sanções econômicas unilaterais.

Trump estuda punir Gonet por pedir prisão de Jair Bolsonaro
Trump estuda punir Gonet por pedir prisão de Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)

O governo de Donald Trump voltou suas atenções contra o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e já discute, nesta terça-feira (15), possíveis sanções contra ele por ter pedido a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A ofensiva americana ocorre após Gonet ignorar um importante alerta vindo diretamente da Casa Branca.


Trump havia enviado uma carta oficial ao governo brasileiro denunciando o que chamou de “caça às bruxas” contra Bolsonaro e anunciou uma taxação de 50% sobre produtos brasileiros, justamente em resposta à perseguição jurídica que o ex-presidente conservador vem sofrendo. Mesmo assim, Gonet seguiu com seu parecer, no qual solicita ao Supremo Tribunal Federal (STF) a condenação e prisão de Bolsonaro por até 43 anos.

Diante dessa postura, a Casa Branca avalia aplicar sanções duras a Paulo Gonet, semelhantes às que pretende impor ao ministro Alexandre de Moraes, considerado por Trump como outro símbolo da repressão judicial contra a direita brasileira.


Segundo fontes próximas à diplomacia americana, as punições seriam viabilizadas com base na Lei Magnitsky — usada para punir violações de direitos humanos — e na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA), que permite sanções econômicas unilaterais.

Apesar da crescente pressão internacional, ministros do STF têm dito à imprensa que continuarão agindo normalmente, mesmo diante das medidas que vêm sendo articuladas pelo governo dos EUA.


Enquanto isso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) entregou suas alegações finais ao STF na ação que apura uma suposta tentativa de golpe em 2022. Bolsonaro é acusado de chefiar uma organização criminosa armada, com a intenção, segundo a PGR, de deslegitimar o sistema eleitoral, fomentar críticas às instituições e provocar uma ruptura democrática.

Entre as acusações feitas contra Bolsonaro estão: organização criminosa armada, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado ao patrimônio da União e destruição de patrimônio histórico.

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