Maioria dos brasileiros rejeitam discurso da esquerda que tenta jogar ricos contra pobres

A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos e realizada entre os dias 10 e 14 de julho, com 2.004 entrevistados em todo o país, todos com 16 anos ou mais. O nível de confiança é de 95%.

Uma pesquisa divulgada pela Quaest nesta quarta-feira (16) revela uma mensagem clara da população brasileira: a maioria é contra o discurso esquerdista que tenta jogar ricos contra pobres, aprofundando o clima de ódio e divisão no país. Para 53% dos entrevistados, esse tipo de retórica “não está certo, porque cria mais briga e polarização no país”.

Por outro lado, 38% ainda endossam essa visão de confronto, dizendo que esse discurso “está certo, porque chama atenção para os privilégios de alguns” — evidenciando como a narrativa da inveja social ainda tem penetração em parte do eleitorado. Outros 9% não souberam ou não quiseram responder. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Veja os números:

“Não está certo, porque cria mais briga e polarização”: 53%

“Está certo, porque chama atenção para os privilégios de alguns”: 38%

Não souberam ou não responderam: 9%

A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos e realizada entre os dias 10 e 14 de julho, com 2.004 entrevistados em todo o país, todos com 16 anos ou mais. O nível de confiança é de 95%.

Lula segue com alta rejeição, apesar de leve oscilação

O levantamento também mediu a percepção sobre o governo Lula. A desaprovação permanece alta, em 53%, mesmo após uma queda de 4 pontos em relação à pesquisa anterior. Já a aprovação subiu 3 pontos, atingindo 43%, ainda abaixo do que o petista ostentava no início do mandato. No levantamento anterior, a reprovação chegou ao recorde de 57%, enquanto a aprovação havia despencado para 40%.

O petista teve melhora pontual apenas entre eleitores do Sudeste, formados com ensino superior e com renda entre 2 e 5 salários mínimos — grupos mais influenciados por políticas públicas e comunicação ideológica do governo.

Maioria dos brasileiros condena tarifa de Trump ao Brasil, mas vê impacto direto em suas vidas

A pesquisa também mostrou que 72% dos brasileiros disseram que Trump “está errado” ao impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, após alegar que o Brasil tem perseguido politicamente o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ou seja, a maioria parece não concordar com a retaliação americana, embora 79% acreditem que a medida vai afetar suas vidas ou de suas famílias.

Rejeição ao discurso de classe é maior entre direitistas e indecisos

Entre os que se declaram bolsonaristas, 79% rechaçam o discurso que incita conflito entre ricos e pobres. A rejeição também é expressiva entre aqueles mais à direita, mas que não se identificam com Bolsonaro (74%), além dos sem posicionamento político (52%).

Já o apoio à retórica da divisão de classes vem principalmente dos que se dizem lulistas/petistas (59%) e da esquerda não-petista (72%) — mostrando que essa estratégia ainda encontra eco entre os que defendem um Estado grande e punitivo para quem produz e emprega.

População segue mal informada sobre “justiça tributária” de Lula, mas apoia mais isenção

Apesar do governo Lula ter alardeado sua “agenda de justiça tributária”, 56% dos brasileiros sequer ouviram falar do assunto. Mesmo assim, quando perguntados, 63% disseram apoiar o aumento de impostos para os mais ricos, desde que haja redução para os mais pobres. Outros 33% foram contra a proposta.

Além disso, 60% apoiam o aumento da alíquota do Imposto de Renda para os mais ricos, enquanto 35% são contra. Por outro lado, há consenso mais forte em ampliar a faixa de isenção: 75% defendem essa medida, contra 21% que se opõem.