Itamaraty rebate EUA e diz que não aceita “intromissão” externa

O governo brasileiro deplora e rechaça, mais uma vez, manifestações do Departamento de Estado norte-americano e da embaixada daquele país em Brasília que caracterizam nova intromissão indevida e inaceitável em assuntos de responsabilidade do Poder Judiciário brasileiro. Tais manifestações não condizem com os 200 anos da relação de respeito e amizade entre os dois países.

O Itamaraty divulgou nota, nesta terça-feira (15), para rebater as críticas feitas por um funcionário do Departamento de Estado dos Estados Unidos, e replicadas pela embaixada americana no Brasil. Segundo o governo brasileiro, as declarações representam “intromissão indevida e inaceitável” em assuntos internos do país.

— O governo brasileiro deplora e rechaça, mais uma vez, manifestações do Departamento de Estado norte-americano e da embaixada daquele país em Brasília que caracterizam nova intromissão indevida e inaceitável em assuntos de responsabilidade do Poder Judiciário brasileiro.

A resposta veio após o Departamento de Estado, liderado por Marco Rubio, afirmar que a tarifa imposta por Donald Trump seria uma consequência ao governo Lula e ao Supremo Tribunal Federal (STF) por “ataques à liberdade de expressão e ao comércio americano”.

O Itamaraty reforçou que o Brasil mantém negociações com os EUA sobre tarifas desde março, mas alertou que a soberania nacional não será parte dessas conversas.

Leia na íntegra:

O governo brasileiro deplora e rechaça, mais uma vez, manifestações do Departamento de Estado norte-americano e da embaixada daquele país em Brasília que caracterizam nova intromissão indevida e inaceitável em assuntos de responsabilidade do Poder Judiciário brasileiro. Tais manifestações não condizem com os 200 anos da relação de respeito e amizade entre os dois países.

No que se refere ao comércio, o Brasil vem negociando com autoridades norte-americanas, desde março, questões relativas a tarifas, de interesse mútuo, e está disposto a dar sequência a esse diálogo, em benefício das economias, dos setores produtivos e das populações de ambos os países. A equivocada politização do assunto não é de responsabilidade do Brasil, país democrático cuja soberania não está e nem estará jamais na mesa de qualquer negociação.