Lula reabre licitação milionária para propaganda digital, mirando controle narrativo nas redes sociais
A responsabilidade ficará nas mãos da Secretaria de Comunicação Social (Secom), que agora está sob o comando de Sidônio Palmeira, marqueteiro de longa data do presidente Lula.
O Palácio do Planalto voltou à carga e abriu um novo processo para contratar três agências de comunicação digital, encarregadas de moldar e propagar a imagem da Presidência nas redes sociais. O valor previsto para a empreitada é de impressionantes R$ 98,3 milhões — tudo isso para um contrato de apenas um ano, com possibilidade de renovação.
A responsabilidade ficará nas mãos da Secretaria de Comunicação Social (Secom), que agora está sob o comando de Sidônio Palmeira, marqueteiro de longa data do presidente Lula. A escolha de Sidônio foi pessoalmente determinada por Lula, que enxerga nas redes sociais o principal campo de batalha contra a direita — e quer, com isso, recuperar espaço perdido no ambiente digital.
Segundo o edital, as empresas contratadas deverão não só produzir conteúdo para redes sociais, mas também monitorar reações online, administrar perfis oficiais e até utilizar ferramentas de “análise de sentimentos” — tudo para garantir que a narrativa do governo seja bem recebida pelo público.
O novo edital vem após a anulação do processo anterior, suspenso pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em 2024, que previa um gasto ainda mais escandaloso: R$ 197,7 milhões para quatro empresas. O caso gerou polêmica quando, um dia antes do anúncio oficial, o jornalista Diogo Mainardi, do site O Antagonista, revelou indícios de favorecimento ao citar as iniciais das empresas vencedoras — um episódio que levantou sérias suspeitas de irregularidades e culminou no cancelamento do processo.
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