EUA reagem à fala de Lula sobre Trump tentar ser “imperador”
A representante da Casa Branca também defendeu as ações de Trump como centradas no bem-estar do povo americano e alfinetou o Brasil por tolerar práticas que colocam os produtores dos EUA em desvantagem, como o desmatamento ilegal e violações de propriedade intelectual.

A Casa Branca não deixou passar em branco as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra Donald Trump nesta quinta-feira (17). Em tom firme, a porta-voz Karoline Leavitt rebateu as críticas feitas pelo petista à CNN Internacional, classificando como absurda a acusação de que Trump quer ser “imperador do mundo”.
– “O presidente certamente não está tentando ser o imperador do mundo. Ele é um presidente forte dos Estados Unidos da América e também é o líder do mundo livre. E vimos uma grande mudança em todo o globo por causa da liderança firme deste presidente” – afirmou Leavitt à imprensa, deixando claro o contraste entre a firmeza de Trump e o discurso ideológico do petista.
A representante da Casa Branca também defendeu as ações de Trump como centradas no bem-estar do povo americano e alfinetou o Brasil por tolerar práticas que colocam os produtores dos EUA em desvantagem, como o desmatamento ilegal e violações de propriedade intelectual.
– “A tolerância do país com o desmatamento ilegal e outras práticas ambientais coloca os produtores, fabricantes, agricultores e pecuaristas americanos, que seguem padrões ambientais melhores, em desvantagem competitiva” – destacou a porta-voz.
As declarações de Leavitt foram uma resposta direta aos ataques de Lula, que, em entrevista internacional, acusou Trump de agir como se governasse o planeta, esquecendo que sua responsabilidade é com os Estados Unidos.
– “Nós não podemos ter o presidente Trump esquecendo que ele foi eleito para governar os Estados Unidos, e não para ser o imperador do mundo. Seria muito melhor estabelecer uma negociação primeiro, e depois alcançar um acordo possível, porque nós somos dois países que temos boas relações por 200 anos” – disse Lula, tentando posar como defensor do diálogo.
Ainda durante a entrevista, o presidente brasileiro insinuou que Trump não compreende o multilateralismo e voltou a acusar os Estados Unidos de exagerarem ao dizer que sofrem perdas comerciais em acordos com o Brasil. Ele afirmou que o país está aberto a dialogar sobre a tarifa de 50% imposta por Trump a produtos brasileiros, mas que “no momento certo” o Brasil dará a “resposta certa”.
– “No meu pronunciamento ao povo brasileiro, eu vou dizer o que estamos pensando sobre isso. Eu garanto que o Brasil não gosta de encrenqueiros, nem de confusões. O Brasil gosta de negociar em paz” – finalizou Lula, enquanto tenta se esquivar da pressão internacional e justificar sua política externa vacilante.
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