Morre José Maria Marin: o homem que teve seu nome na fachada da CBF e nas manchetes do FBI
Presidiu a CBF entre 2012 e 2015, período em que foi envolvido nas investigações do escândalo internacional conhecido como "Fifagate", que revelou um esquema de corrupção envolvendo dirigentes do futebol mundial. Em 2015, Marin foi preso pelo FBI na Suíça e posteriormente extraditado para os Estados Unidos, onde acabou condenado.

O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, faleceu na madrugada deste domingo, 20, aos 93 anos, em São Paulo. Segundo informações, Marin passou mal em sua residência no sábado à noite, foi levado ao Hospital Sírio-Libanês, mas não resistiu e morreu por volta das 3h30. A causa da morte não foi divulgada.
Desde o fim de 2023, Marin enfrentava sérios problemas de saúde após sofrer um AVC. Desde então, vinha recebendo cuidados médicos contínuos e vivia em reclusão.
José Maria Marin foi uma figura marcante — e controversa — no cenário esportivo e político do Brasil. Presidiu a CBF entre 2012 e 2015, período em que foi envolvido nas investigações do escândalo internacional conhecido como "Fifagate", que revelou um esquema de corrupção envolvendo dirigentes do futebol mundial. Em 2015, Marin foi preso pelo FBI na Suíça e posteriormente extraditado para os Estados Unidos, onde acabou condenado.
Cumpriu parte da pena em solo americano, mas em 2020 foi libertado e retornou ao Brasil, passando a cumprir o restante da pena em prisão domiciliar.
Antes de sua atuação na CBF, Marin teve uma trajetória política expressiva. Foi vereador, deputado estadual e vice-governador de São Paulo na gestão de Paulo Maluf, chegando a assumir interinamente o governo do estado em 1982, durante o regime militar. No mesmo ano, assumiu também a presidência da Federação Paulista de Futebol, cargo que ocupou até 1988.
Durante sua gestão na CBF, foi responsável por inaugurar a nova sede da entidade, no Rio de Janeiro, em 2014 — batizada com seu próprio nome, estampado na fachada do edifício.
Nos últimos anos de vida, José Maria Marin vivia de forma reservada na capital paulista, afastado dos holofotes.
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