cover
Tocando Agora:

Felipe Martins rompe silêncio em depoimento no STF

Cid, que falou ao STF no dia 14 de julho, repetiu sua versão de que Jair Bolsonaro teria lido e alterado um rascunho que ficou conhecido como “minuta do golpe”. Segundo ele, Filipe Martins teria participado diretamente da criação do documento, ao lado de um jurista não identificado.

Felipe Martins rompe silêncio em depoimento no STF
Felipe Martins rompe silêncio em depoimento no STF (Foto: Reprodução)

O ex-assessor para assuntos internacionais do presidente Jair Bolsonaro, Filipe Martins, prestou depoimento nesta quinta-feira (24) ao Supremo Tribunal Federal (STF) e desmentiu as declarações feitas por Mauro Cid em sua delação premiada. O tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro afirmou que Martins teria participado da elaboração de uma suposta minuta que previa ações contra autoridades após as eleições de 2022.


Cid, que falou ao STF no dia 14 de julho, repetiu sua versão de que Jair Bolsonaro teria lido e alterado um rascunho que ficou conhecido como “minuta do golpe”. Segundo ele, Filipe Martins teria participado diretamente da criação do documento, ao lado de um jurista não identificado.


“Esse documento basicamente era composto de duas partes. A primeira parte é nos considerandos, já foi discutida à beça sobre isso aí, e uma segunda parte é um artigo de ações e determinações que deveriam ser tomadas”, disse Cid. Ele também afirmou que, em versões anteriores, o texto mencionava a prisão de diversas autoridades, como o então presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco. Mas, segundo ele, a versão final, alterada por Bolsonaro, previa apenas a prisão do ministro Alexandre de Moraes, à época presidente do TSE.


Filipe Martins, no entanto, foi firme ao negar qualquer envolvimento com o suposto documento. Em seu depoimento por videoconferência ao juiz Rafael Henrique Tamai, que atua sob relatoria de Moraes no inquérito que investiga uma alegada tentativa de golpe em 2022, Martins afirmou:

“Não só não tive contato com essa minuta antes, como não tive durante o processo. Por isso, minha defesa tem insistido em chamar essa minuta de minuta fantasma”.


Martins integra o grupo de réus da chamada “trama golpista”, termo usado pelo STF para se referir à investigação que tem como alvo o entorno de Bolsonaro. Segundo a defesa do ex-assessor, ele está sendo acusado com base em falas frágeis e sem qualquer evidência concreta.

Comentários (0)