URGENTE: Moraes inclui deputado em inquérito por articular com governo Trump
A acusação partiu do advogado militante Benedito Silva Junior, que protocolou uma denúncia baseada em uma viagem oficial de Filipe Barros aos Estados Unidos, em maio de 2025 — custeada pela própria Câmara dos Deputados.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, decidiu incluir uma nova notícia-crime contra o deputado federal Filipe Barros (PL-PR), presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, ao inquérito que já investiga o também deputado Eduardo Bolsonaro. Ambos estão sendo perseguidos por alegações de um suposto “atentado à soberania nacional”.
A acusação partiu do advogado militante Benedito Silva Junior, que protocolou uma denúncia baseada em uma viagem oficial de Filipe Barros aos Estados Unidos, em maio de 2025 — custeada pela própria Câmara dos Deputados. Na ocasião, Barros teria participado de reuniões com Eduardo Bolsonaro, o congressista americano Cory Mills e representantes da empresa SpaceX.
Segundo o autor da denúncia, o encontro teve como propósito denunciar as arbitrariedades de Alexandre de Moraes ao governo dos EUA, sob a justificativa de combater a “censura generalizada” imposta no Brasil. O documento alega que teria havido uma tentativa de pressionar o Secretário de Estado americano, Marco Rubio, a aplicar sanções contra Moraes, com base na Lei Magnitsky — um instrumento usado pelos EUA para punir autoridades estrangeiras envolvidas em violações de direitos humanos.
A petição afirma que essas ações poderiam ser vistas como uma tentativa de “submeter decisões judiciais brasileiras à influência de um governo estrangeiro” e ainda cita um possível enquadramento no artigo que trata da tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito. O advogado também pede a suspensão cautelar do mandato de Filipe Barros.
Ao analisar o caso, Alexandre de Moraes afirmou que “os fatos narrados nesta notícia-crime já são objeto de procedimento específico, também de minha relatoria”. Por isso, mandou juntar a nova acusação ao Inquérito 4.995, que corre em segredo de justiça no STF e é conduzido pelo próprio Moraes.
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