Gleisi: “Trump deveria aplicar Lei Magnitsky em Netanyahu”

Gleisi também exaltou a atuação de Moraes, que conduz processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro no STF

Nesta quinta-feira (31), a ministra petista Gleisi Hoffmann, responsável pelas Relações Institucionais no governo Lula, reagiu com indignação à decisão dos Estados Unidos de sancionar Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), utilizando a Lei Magnitsky. A medida, tomada pelo governo do presidente Donald Trump, prevê punições severas contra autoridades acusadas de violar direitos humanos e de práticas antidemocráticas.

Entre as sanções previstas estão o bloqueio de bens e contas em território americano, cancelamento de vistos e proibição de entrada no país. Mesmo diante da decisão, Gleisi atacou Washington e defendeu Moraes. Para a ministra, “nenhum país tem direito de agir como o dono do mundo”, e ainda sugeriu que Trump deveria mirar o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, “pelo massacre desumano em Gaza”.

Gleisi também exaltou a atuação de Moraes, que conduz processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro no STF:

– Aqui no Brasil, o ministro Alexandre de Moraes é relator de uma ação penal contra Jair Bolsonaro, que tramou um golpe de Estado para implantar a ditadura. O STF atua rigorosamente no devido processo legal: os réus tiveram garantia do contraditório e direito de defesa, que entra agora na fase de alegações finais antes do julgamento. É assim que funciona a Justiça, algo que nem Trump nem Bolsonaro querem aceitar, porque a extrema-direita não convive com a democracia – disse a petista.

A reação mostra que o governo Lula está incomodado com a postura firme dos Estados Unidos diante de figuras acusadas de abusos de poder, como Moraes, que ganhou notoriedade internacional pelas ações contra opositores do governo petista.