Magnitsky: Trump pune Moraes por perseguição a Bolsonaro, jornalistas e redes sociais
Com essa decisão, todos os bens e propriedades de Moraes em solo americano ficam congelados, e qualquer cidadão ou empresa dos EUA fica proibido de realizar transações financeiras com o ministro. Até cartões de crédito de bandeira americana não poderão ser usados, o que complica as operações financeiras pessoais do magistrado.
O governo do presidente Donald Trump anunciou nesta quarta-feira (30) que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), entrou oficialmente na lista de sanções da Lei Global Magnitsky. Essa lei permite que os Estados Unidos apliquem punições severas, como bloqueio de bens e restrições de entrada no país, a estrangeiros envolvidos em corrupção ou violações graves de direitos humanos.
Com essa decisão, todos os bens e propriedades de Moraes em solo americano ficam congelados, e qualquer cidadão ou empresa dos EUA fica proibido de realizar transações financeiras com o ministro. Até cartões de crédito de bandeira americana não poderão ser usados, o que complica as operações financeiras pessoais do magistrado.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, explicou que as sanções são uma resposta direta às ações de Moraes no STF, que, segundo Washington, resultaram em censura, prisões arbitrárias e processos de cunho político.
– Moraes é responsável por uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias que violam os direitos humanos e processos politizados, inclusive contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A ação de hoje deixa claro que o Tesouro continuará a responsabilizar aqueles que ameaçam os interesses dos EUA e as liberdades de nossos cidadãos – declarou Bessent.
O texto do governo americano também destaca que a perseguição judicial conduzida por Moraes atinge jornalistas, veículos de imprensa e até plataformas digitais sediadas nos Estados Unidos.
– Moraes impôs uma detenção preventiva e emitiu uma série de mandados de prisão preventiva contra jornalistas e usuários de redes sociais, alguns dos quais estão sediados nos Estados Unidos. Ele também emitiu diretamente ordens às empresas de mídia social dos EUA para bloquear ou remover centenas de contas, muitas vezes as de seus críticos e outros críticos do governo brasileiro – registra o documento.
Bessent resumiu o caso afirmando que Moraes “assumiu a responsabilidade de ser juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas americanas e brasileiras”.
Comentários (0)