EUA fecham o cerco a Moraes: bancos brasileiros podem bloquear contas e cartões
Na prática, gigantes do setor financeiro como Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander, que possuem presença sólida nos Estados Unidos, poderão ser obrigados a cortar qualquer vínculo financeiro com Moraes para não sofrer retaliações da Casa Branca. Especialistas alertam que isso poderia representar uma verdadeira “morte financeira” para o ministro.

A decisão do governo do presidente Donald Trump de incluir o ministro Alexandre de Moraes na lista de sanções da Lei Magnitsky provocou um abalo imediato nas relações entre Brasil e Estados Unidos, gerando consequências que vão muito além do simples bloqueio de bens pessoais. Essa legislação norte-americana não se restringe a congelar ativos e negar vistos: ela proíbe qualquer empresa ou instituição com operações nos EUA de manter negócios com o sancionado — atingindo diretamente bancos e empresas brasileiras que atuam no cenário internacional.
Na prática, gigantes do setor financeiro como Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander, que possuem presença sólida nos Estados Unidos, poderão ser obrigados a cortar qualquer vínculo financeiro com Moraes para não sofrer retaliações da Casa Branca. Especialistas alertam que isso poderia representar uma verdadeira “morte financeira” para o ministro.
E não para por aí. Empresas brasileiras dos setores de exportação, tecnologia e logística que mantêm contratos ou operações com o mercado norte-americano também ficariam proibidas de realizar qualquer transação com Moraes, sob pena de sanções severas.
Diante da gravidade da situação, ministros do STF acionaram Rodrigo Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), para intermediar negociações com os bancos e evitar que eles adotem, de forma preventiva, medidas que isolem financeiramente Moraes. A ideia é evitar que o assunto chegue à Justiça, pois, segundo fontes, isso poderia abrir caminho para novas sanções de Washington contra outros integrantes do Supremo.
Se os bancos brasileiros decidirem seguir à risca a Lei Magnitsky, o ministro poderá enfrentar:
Bloqueio total de contas bancárias;
Cancelamento de cartões de crédito e impedimento de novos contratos;
Proibição de transferências internacionais, inclusive para uso pessoal;
Suspensão de pagamentos por parte de empresas brasileiras com operações nos EUA.
O descumprimento das sanções, por outro lado, pode custar caro aos bancos brasileiros, que correriam o risco de perder o acesso ao lucrativo mercado americano.
Entre as instituições diretamente impactadas estão:
Banco do Brasil – Controla o BB Americas, com sede em Miami, atuando no sistema bancário local.
Itaú Unibanco – Presente em Nova York e Miami, com operações robustas em Wall Street.
Bradesco – Escritório de representação em Nova York e forte atuação em transações internacionais.
Santander Brasil – Parte do grupo espanhol Santander, com presença consolidada nos EUA.
BTG Pactual – Forte no mercado de investimentos norte-americano.
XP Investimentos – Serviços de investimentos nos EUA, incluindo parcerias estratégicas com corretoras locais.
O impacto direto é claro: essas instituições podem ser obrigadas a cortar todas as relações financeiras com Alexandre de Moraes para proteger suas operações nos Estados Unidos.
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