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Maioria do STF se negou a assinar carta a favor de Moraes, diz site

Mais da metade dos 11 ministros considerou “inadequado” que o STF produzisse um documento conjunto criticando uma decisão interna do governo norte-americano. A negativa teria frustrado Moraes, que esperava apoio total contra as restrições impostas pelos EUA.

Maioria do STF se negou a assinar carta a favor de Moraes, diz site
Maioria do STF se negou a assinar carta a favor de Moraes, diz site (Foto: Reprodução)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tentou mobilizar todos os seus colegas de Corte para assinar uma carta coletiva em sua defesa na última quarta-feira (30), logo após descobrir que havia sido incluído na lista de sanções da Lei Magnitsky pelos Estados Unidos — medida anunciada sob a gestão do atual presidente Donald Trump. No entanto, a investida não deu certo. A informação foi revelada nesta quinta-feira (31) pelo site Poder360.

Segundo o portal, mais da metade dos 11 ministros considerou “inadequado” que o STF produzisse um documento conjunto criticando uma decisão interna do governo norte-americano. A negativa teria frustrado Moraes, que esperava apoio total contra as restrições impostas pelos EUA. Diante do impasse, optou-se por divulgar apenas uma nota institucional em tom neutro, assinada pelo presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, sem sequer citar o nome dos Estados Unidos.

Como alternativa, o Palácio do Planalto organizou um jantar nesta quinta-feira (31) no Palácio da Alvorada, reunindo Lula (PT) e todos os ministros do STF, em uma tentativa de repetir a encenação de “união” vista após os atos de 8 de janeiro de 2023. Lula pretendia até registrar uma foto oficial com todos os magistrados, para transmitir a imagem de coesão.

A ideia, porém, fracassou — assim como a carta. Além de Moraes, apenas cinco ministros compareceram: Cristiano Zanin, Edson Fachin, Flávio Dino, Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso. Faltaram André Mendonça, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux e Nunes Marques.


Edson Fachin, inclusive, teria ido contrariado e só marcou presença porque assumirá a presidência do STF dentro de dois meses — tendo Moraes como seu vice. Por questões institucionais, considerou que não poderia faltar. Ainda segundo o Poder360, a avaliação que circula entre ministros é que Moraes estaria conduzindo o STF para um “caminho sem volta”.

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