Apenas dois ministros se manifestam a favor de Moraes em sessão do STF
Já ministros como André Mendonça, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Edson Fachin, Nunes Marques e Luiz Fux permaneceram em silêncio durante a sessão.

A reabertura dos trabalhos do Judiciário foi marcada por discursos no STF (Supremo Tribunal Federal) em defesa da chamada “soberania brasileira” e por demonstrações de apoio ao ministro Alexandre de Moraes — alvo, nesta semana, de sanções impostas pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Entre os que falaram, estiveram o decano Gilmar Mendes, o presidente Luís Roberto Barroso e o próprio Moraes. Já ministros como André Mendonça, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Edson Fachin, Nunes Marques e Luiz Fux permaneceram em silêncio durante a sessão.
Apesar disso, Cármen Lúcia se pronunciou mais cedo, na abertura do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que preside. Ela exaltou Moraes e disse que ele “será lembrado na história” por sua atuação nas eleições de 2022 — justamente o pleito mais questionado por irregularidades na história recente do Brasil.
Na véspera, Lula havia se reunido no Palácio do Planalto com ministros da Corte numa tentativa de demonstrar unidade contra as medidas dos EUA. No entanto, seis dos onze magistrados não compareceram, esvaziando o gesto político. Na foto oficial da reunião, não estavam Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Nunes Marques, Luiz Fux e André Mendonça — ausência que chama atenção diante da gravidade das sanções impostas.
Alguns, como Gilmar Mendes e Flávio Dino, já haviam saído em defesa de Moraes no próprio dia em que Washington anunciou as punições.
No plenário, Alexandre de Moraes deixou claro que vai “ignorar a Lei Magnitsky” e seguir com o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros réus acusados de “plano de golpe” ainda este ano.
Todos os ministros participaram da sessão, sendo que Dias Toffoli e Nunes Marques acompanharam por videoconferência.
Abrindo os discursos, Luís Roberto Barroso anunciou a leitura de um texto intitulado “O Supremo Tribunal Federal e a defesa da institucionalidade”, reforçando o alinhamento da Corte contra as sanções determinadas pelo governo Trump.
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