Deputado cobra Lula por ligação a Trump sobre tarifas dos EUA
A cobrança foi feita após Trump declarar, na sexta-feira (1º), que está aberto a conversar com o brasileiro “a qualquer momento”.

O deputado federal Marcel van Hattem (NOVO-RS) afirmou neste sábado (2), em suas redes sociais, que o presidente Lula “não tem mais desculpa” para não ligar para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A cobrança foi feita após Trump declarar, na sexta-feira (1º), que está aberto a conversar com o brasileiro “a qualquer momento”.
– Claro que Trump está não só pronto para receber uma ligação, mas para negociar – disse Van Hattem ao R7. Segundo ele, Lula vinha alegando que os EUA não queriam diálogo, mas a fala do republicano elimina essa justificativa. O deputado ainda criticou a postura do governo diante das tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, que entram em vigor na próxima quarta-feira (6).
– Não houve nada que eu possa dizer que o governo acertou – declarou. Van Hattem também disse que o Congresso precisa agir. Ele defendeu a abertura da CPI do abuso de autoridade e o processo de impeachment de ministros do STF. Também cobrou a votação da anistia.
TRUMP DISSE QUE LULA PODE LIGAR PARA ELE
Nesta sexta (1º), Donald Trump respondeu a jornalistas que Lula pode telefonar para ele “a qualquer momento” para tratar de um possível acordo comercial. Em seguida, o presidente brasileiro respondeu pela rede social X que “sempre estivemos abertos ao diálogo”, mas destacou que “quem define os rumos do Brasil são os brasileiros e suas instituições”.
Lula disse ainda que o governo está focado em defender a economia nacional diante da medida dos EUA.
– Estamos trabalhando para proteger a nossa economia, as empresas e nossos trabalhadores – escreveu.
As tarifas foram oficializadas por Trump na quarta (31), com validade a partir de 6 de agosto. O decreto prevê cerca de 700 exceções, como suco de laranja, aviões, combustíveis, petróleo e minério de ferro.
Segundo o governo brasileiro, aproximadamente 44,6% das exportações para os EUA seguem livres da nova taxação.
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