Manifestação na Paulista ecoa pedidos de impeachment de Lula e Alexandre de Moraes

Malafaia, um dos principais articuladores do movimento em São Paulo, afirmou que a mobilização mantém “a dinâmica dos atos anteriores” e que é preciso “mostrar força” contra o que seus apoiadores definem como abusos do STF.

A Avenida Paulista foi tomada neste domingo por apoiadores da direita conservadora em mais um ato da mobilização batizada de “Reaja Brasil”, com críticas abertas ao presidente Lula e ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, e reivindicações como “Anistia já”. O protesto, organizado pelo pastor Silas Malafaia teve ínicio às 14h, e ocorre sem a presença de Jair Bolsonaro — impedido de sair de casa nos fins de semana por medidas cautelares.

Malafaia, um dos principais articuladores do movimento em São Paulo, afirmou que a mobilização mantém “a dinâmica dos atos anteriores” e que é preciso “mostrar força” contra o que seus apoiadores definem como abusos do STF. “Está em nossas mãos mudar o Brasil”, ecoou a narrativa de convocação, ao lado de gritos de “Fora Moraes” e faixas pedindo anistia aos detidos após os episódios de 8 de janeiro. 

O ato na Paulista também serve como um primeiro teste de público significativo da base bolsonarista sem a presença direta do ex-presidente. 

Apesar das ausências de peso, os organizadores buscaram transmitir unidade e continuidade. O “Reaja Brasil” se desdobrou em outras capitais do país no mesmo dia, como parte de uma estratégia nacional de fragmentar e ampliar a presença do eleitorado conservador nas ruas, segundo levantamento de mobilizações similares. 

A mobilização transcorre sem incidentes nas imediações do Masp, com a energia concentrada nas pautas políticas e no simbolismo de resistência ao que os manifestantes chamam de “judicialização da política”.