Brasil envia recado ao mundo e gera repercução internacional: atos contra Moraes e Lula ecoam nas ruas
Segundo a correspondente da Al-Jazeera no Brasil, Monica Yanakiew, muitos presentes no ato em São Paulo estavam expressando gratidão ao presidente Donald Trump pelo apoio prestado a Bolsonaro.

Os atos em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que tomaram as ruas de várias cidades brasileiras neste domingo (3/8) chamaram a atenção da imprensa internacional.
O portal da rede Al-Jazeera, do Catar, relatou que manifestantes em São Paulo, Rio de Janeiro e outras localidades marcharam “com bandeiras do Brasil e dos Estados Unidos, em uma aparente referência ao apoio do presidente dos EUA, Donald Trump, a seu fiel aliado”.
“Eles também seguravam faixas com fotos de Bolsonaro e Trump enquanto gritavam palavras de ordem.”
Segundo a correspondente da Al-Jazeera no Brasil, Monica Yanakiew, muitos presentes no ato em São Paulo estavam expressando gratidão ao presidente Donald Trump pelo apoio prestado a Bolsonaro.
“Eles estão agradecendo ao presidente Trump por sancionar o Brasil”, afirmou a jornalista.
A emissora também registrou que, na sexta-feira anterior, houve protestos contra Trump, motivados pelo anúncio de novas tarifas norte-americanas sobre produtos brasileiros.
“Manifestantes se reuniram nas ruas do Brasil na sexta-feira para denunciar Trump pelas altas tarifas impostas às exportações do país. As manifestações eclodiram em cidades como São Paulo e Brasília, com moradores expressando sua indignação no primeiro dia da mais recente campanha tarifária de Trump”, noticiou a Al-Jazeera.
A agência Reuters destacou que os atos de domingo miravam o ministro do STF Alexandre de Moraes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Nos protestos de domingo, apoiadores de Bolsonaro, vestindo camisas da seleção brasileira, gritaram ‘Magnitsky’ a Moraes e Lula”, informou a agência, em referência à lei americana usada para sancionar Alexandre de Moraes. Muitos também exibiam cartões de banco como provocação — já que a Lei Magnitsky prevê sanções a instituições financeiras.
“Bandeiras e cartazes americanos em apoio a Trump também foram vistos.”
De acordo com a Reuters, “Bolsonaro não compareceu pessoalmente às manifestações, mas participou por telefone através de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, durante o protesto no Rio de Janeiro”.
“O ex-presidente, que está em prisão domiciliar, usa tornozeleira eletrônica e não pode sair de casa nos fins de semana e feriados, conforme determinação do ministro Moraes”, acrescentou a agência.
Já a France Press enfatizou que “Bolsonaro, de 70 anos, não pôde participar porque recebeu uma ordem judicial para ficar em casa à noite e nos fins de semana e não usar as redes sociais enquanto seu julgamento ocorre”.
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