Michelle reage à prisão domiciliar de Bolsonaro

A perseguição judicial a Bolsonaro acontece mesmo com o apoio crescente que o ex-presidente recebe, inclusive de lideranças internacionais como Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, que já alertou sobre o avanço autoritário no Brasil.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro se pronunciou com firmeza após o Supremo Tribunal Federal decretar a polêmica prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, na noite desta segunda-feira (4). Em uma demonstração de fé e resiliência, a presidente nacional do PL Mulher publicou um versículo bíblico nas redes sociais, evocando a Justiça Divina diante da perseguição sofrida pelo marido.

– “E os céus anunciarão a sua justiça; pois Deus mesmo é o juiz” – publicou Michelle em um story no Instagram, citando o Salmo 50. A mensagem foi compartilhada poucos minutos depois da decisão assinada por Alexandre de Moraes, ministro do STF, responsável por ordenar o confinamento do maior líder conservador do Brasil.

Na justificativa, Moraes alegou que Bolsonaro teria desrespeitado medidas cautelares, e com isso proibiu o ex-presidente de utilizar celular. Também ordenou à Polícia Federal a apreensão do aparelho do ex-chefe do Executivo.

Como parte da medida draconiana, Moraes ainda determinou que Bolsonaro não receba visitas de filhos que não residem com ele, como Flávio Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Jair Renan Bolsonaro – uma atitude que para muitos simboliza o isolamento forçado de um pai de família, além de uma evidente tentativa de sufocar o movimento conservador.

Na decisão, Moraes escreveu que Bolsonaro “agindo ilicitamente, o réu se dirigiu aos manifestantes reunidos em Copacabana, no Rio de Janeiro, produzindo dolosa e conscientemente material pré-fabricado para seus partidários continuarem a tentar coagir o Supremo Tribunal Federal”.

A perseguição judicial a Bolsonaro acontece mesmo com o apoio crescente que o ex-presidente recebe, inclusive de lideranças internacionais como Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, que já alertou sobre o avanço autoritário no Brasil.