Oposição anuncia obstrução no Congresso: “A reação começou”
Durante uma coletiva convocada pela oposição logo após a prisão de Bolsonaro, Marinho não poupou palavras: classificou o atual momento como um “estado de exceção no Brasil”.

Em um ato de resistência contra os abusos cometidos pelo sistema, o senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado, anunciou nesta terça-feira (5) uma obstrução nas atividades legislativas após a prisão domiciliar imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O parlamentar fez duras críticas ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), exigindo coragem para dar andamento ao processo de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
— Quero anunciar que hoje, no Senado e na Câmara, ocupamos as Mesas e vamos obstruir as sessões. O Senado está com cinco senadores sentados na Mesa. Na Câmara também. É uma medida extrema, mas faz 15 dias que eu, como líder da oposição, não consigo interlocução com o presidente Davi Alcolumbre. É um desrespeito com a Casa e o Parlamento. Ele pode ser aliado do governo, mas não pode ficar de costas para o Parlamento — afirmou Marinho.
Durante uma coletiva convocada pela oposição logo após a prisão de Bolsonaro, Marinho não poupou palavras: classificou o atual momento como um “estado de exceção no Brasil”. O senador também criticou duramente o inquérito das fake news, chamando-o de “ovo da serpente” — uma referência ao surgimento de regimes totalitários disfarçados de legalidade.
Marinho defendeu ainda a PEC que acaba com o foro privilegiado e destacou a importância de anistiar os patriotas perseguidos por conta dos atos de 8 de janeiro, dizendo que isso é fundamental para “reconciliar o país”.
O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara, reforçou o posicionamento da oposição. Em publicação nas redes sociais, ele destacou a união entre deputados e senadores que ocuparam as mesas do Congresso Nacional em protesto.
— Vamos reconquistar a Pátria! Não iremos recuar. Liberdade já! — declarou o parlamentar em tom de luta.
Comentários (0)