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Tarifaço de Trump contra o Brasil começa a valer nesta quarta-feira

Enquanto Lula insiste em discursos ideológicos e desculpas políticas, os efeitos práticos do tarifaço já começaram.

Tarifaço de Trump contra o Brasil começa a valer nesta quarta-feira
Tarifaço de Trump contra o Brasil começa a valer nesta quarta-feira (Foto: Reprodução)

O pesado tarifaço imposto pelos Estados Unidos começa a valer nesta quarta-feira (6), atingindo diretamente exportações brasileiras — enquanto Lula permanece calado e passivo diante da firme posição do presidente americano, Donald Trump.


Durante um evento do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável nesta terça-feira (5), Lula adotou uma postura de desdém diante da crise. “Não vou ligar para o Trump para negociar nada [sobre o tarifaço], porque ele não quer”, afirmou, tentando justificar sua inação. Ainda assim, contraditoriamente, disse que pretende ligar para o presidente dos EUA, mas apenas para convidá-lo à COP em Belém. “Mas pode ficar certa, Marina [Silva, ministra do Meio Ambiente]. Vou ligar para o Trump para convidá-lo para vir para a COP; quero saber o que é que ele pensa da questão climática”, completou.

Lula ainda resmungou que Donald Trump, atual presidente norte-americano, deveria ter tomado a iniciativa de procurá-lo — ou até mesmo de ligar para o vice-presidente Geraldo Alckmin — para discutir as tarifas, como se coubesse aos Estados Unidos correr atrás do Brasil, e não o contrário. “O presidente americano não tinha direito de anunciar taxações como anunciou ao Brasil”, disse, em tom de vitimização.


O curioso é que, na última sexta-feira (1º), Trump foi claro ao se mostrar aberto ao diálogo. Ao ser questionado por um jornalista da TV Globo, o presidente americano foi direto: “Ele [Lula] pode falar comigo quando quiser”. Mesmo assim, Lula preferiu responder apenas horas depois, em tom defensivo, pelas redes sociais. “Sempre estivemos abertos ao diálogo. Quem define os rumos do Brasil são os brasileiros e suas instituições”, publicou o petista.

Enquanto Lula insiste em discursos ideológicos e desculpas políticas, os efeitos práticos do tarifaço já começaram. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior, uma sobretaxa de 50% atingirá 35,9% das exportações brasileiras para os EUA. O prejuízo só não será maior porque os americanos abriram exceções para cerca de 700 produtos — como celulose, suco de laranja, petróleo e minério de ferro.


Mesmo assim, setores estratégicos sentirão o peso da decisão americana. Empresas como a Embraer conseguiram apenas mitigar parte da taxação, mas não escapar totalmente.

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