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Trump impõe tarifaço de 50% e Lula evita retaliação direta contra EUA

A sobretaxa entrou em vigor no dia 6 de agosto, após uma ordem executiva assinada por Trump em 30 de julho. A Casa Branca classificou a decisão como resposta a ações do governo brasileiro que, segundo Washington, representam uma “ameaça incomum e extraordinária” à segurança nacional e à economia americana.

Trump impõe tarifaço de 50% e Lula evita retaliação direta contra EUA
Trump impõe tarifaço de 50% e Lula evita retaliação direta contra EUA (Foto: Reprodução)

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou neste sábado (9) que o governo Lula deve apresentar, no início da próxima semana, um plano emergencial para reduzir o impacto do tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. A promessa é priorizar empresas nacionais que mais exportam para o mercado americano.


“A prioridade não é retaliar. A prioridade é resolver, ampliar o número de setores excluídos, que fiquem fora dessa questão da tarifa que entendemos extremamente injusta”, disse Alckmin, durante visita a uma concessionária em Guaratinguetá (SP).

Segundo ele, o foco do governo não é aumentar tarifas contra os EUA, mas tentar ampliar as isenções já existentes na sobretaxa de 50% decretada por Trump. Atualmente, 694 produtos brasileiros — entre eles suco de laranja, celulose e aviões da Embraer — estão livres da cobrança. No entanto, itens estratégicos como café e carne seguem pagando a taxa.

Alckmin criticou a justificativa do tarifaço, afirmando que a medida tem “base jurídica totalmente fraca” e que políticas comerciais não devem ser guiadas por “questões de natureza política partidária”.


“Quando se aumenta a tarifa, quem paga é o consumidor. Não é o governo que paga, é o consumidor que acaba pagando”, declarou. “Entendemos que é um perde-perde. Devemos ir para um ganha-ganha. Ou seja, aumentar o fluxo de comércio, aumentar a exportação, complementaridade econômica.”


A sobretaxa entrou em vigor no dia 6 de agosto, após uma ordem executiva assinada por Trump em 30 de julho. A Casa Branca classificou a decisão como resposta a ações do governo brasileiro que, segundo Washington, representam uma “ameaça incomum e extraordinária” à segurança nacional e à economia americana.

Trump também justificou a medida dizendo haver uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, seu aliado, que hoje é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) pela chamada “trama golpista”.

Na última quarta-feira (6), o Itamaraty informou que o Brasil acionou a Organização Mundial do Comércio (OMC) contra o tarifaço. O governo questiona a legalidade das medidas americanas, argumentando que elas violam compromissos assumidos pelos EUA na OMC.



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