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Governo Lula volta a defender Moraes de críticas dos EUA

Em resposta ao jornal Poder360, ainda no sábado (9), o governo Lula repudiou as críticas americanas e classificou as palavras de Landau como um “novo ataque frontal à soberania brasileira”.

Governo Lula volta a defender Moraes de críticas dos EUA
Governo Lula volta a defender Moraes de críticas dos EUA (Foto: Reprodução)

O governo Lula voltou a se colocar como escudo do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após as duras declarações do vice-secretário do Departamento de Estado dos EUA, Christopher Landau.


Neste sábado (9), Landau publicou no X que o Brasil vive uma crise política “sem precedentes” por causa da atuação de Moraes, que estaria tentando “aplicar a lei brasileira extraterritorialmente para silenciar indivíduos e empresas em solo americano”.


O diplomata acusou o ministro de ter “usurpado poder ditatorial ao ameaçar líderes de outros Poderes, ou suas famílias, com prisão, encarceramento ou outras penalidades”. Para Landau, essa postura “destruiu a historicamente próxima relação do Brasil com os EUA”. Ele também criticou a passividade do Congresso Nacional diante da situação e afirmou que a Casa Branca, sob a liderança do presidente Donald Trump, encontra-se em um “beco sem saída”.


Em resposta ao jornal Poder360, ainda no sábado (9), o governo Lula repudiou as críticas americanas e classificou as palavras de Landau como um “novo ataque frontal à soberania brasileira”.


“O Governo brasileiro manifestou ontem à embaixada dos Estados Unidos seu absoluto rechaço às reiteradas ingerências do governo norte-americano em assuntos internos do Brasil, e voltará a fazê-lo sempre que for atacado com falsidades como as da postagem de hoje, disseminadas pelo subsecretário de Estado, Christopher Landau”, disse a nota.

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, saiu em defesa de Moraes e chamou a fala de Landau de “gravíssima ofensa ao Brasil, ao STF e à verdade”. No X, Gleisi disse que o conteúdo era “arrogante” e responsabilizou a família do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo desgaste diplomático com os Estados Unidos.

Segundo ela, “nenhum poder constitucional brasileiro encontra-se impotente”. E completou: “Executivo, Legislativo e Judiciário rechaçaram o golpe de 8 de janeiro, a chantagem de Trump, o motim bolsonarista pela anistia e as sanções violentas contra o ministro Alexandre de Moraes e outros ministros do STF”.

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