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Lula aposta em retórica contra Trump e desagrada exportadores brasileiros

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva gerou insatisfação entre empresários nesta semana ao insistir em provocar Donald Trump, em vez de abrir negociações pragmáticas com o governo dos Estados Unidos sobre o tarifaço imposto ao Brasil.

Lula aposta em retórica contra Trump e desagrada exportadores brasileiros
Lula aposta em retórica contra Trump e desagrada exportadores brasileiros (Foto: Reprodução)

Setor produtivo critica postura do presidente diante de tarifaço dos EUA e vê ação governamental como tardia e desarticulada

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva gerou insatisfação entre empresários nesta semana ao insistir em provocar Donald Trump, em vez de abrir negociações pragmáticas com o governo dos Estados Unidos sobre o tarifaço imposto ao Brasil.

Ciente de que o republicano tem o Brics como alvo, Lula declarou que buscaria China e Índia para discutir uma reação conjunta do bloco. O presidente chegou a telefonar para o primeiro-ministro indiano Narendra Modi e divulgou nota defendendo “o multilateralismo e a necessidade de fazer frente aos desafios da conjuntura, e explorar possibilidades de maior integração entre os dois países”.

Reação negativa do setor empresarial

Segundo empresários ouvidos pela coluna Radar, da revista Veja, a postura de Lula sinaliza que o governo aposta na crise para obter dividendos políticos em sua campanha de reeleição. Pesquisas recentes mostram melhora na popularidade do petista após o ataque comercial norte-americano, o que, para eles, alimenta a retórica provocativa. “Provocação é coisa de quem não quer resolver”, afirmou um empresário. “Todos os países que buscaram uma negociação séria foram ouvidos.”

Outro representante do setor produtivo disse que, enquanto as empresas enfrentam os efeitos da crise econômica, o governo politiza o assunto:

“O trabalho do governo é, até aqui, inócuo, tardio e desarticulado.”

Contexto político e econômico

As declarações de Lula ocorrem em meio a um momento de tensão comercial com os Estados Unidos e de expectativas de negociações para reduzir o impacto das tarifas. No entanto, parte do empresariado vê nas ações do governo mais foco em discursos políticos do que em soluções efetivas para mitigar prejuízos.

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