Prefeito maranhense usa tarifa de Trump como justificativa para calote em servidores
O sindicato, no entanto, rebateu a explicação, afirmando que o débito vem desde 2023 e se refere a direitos adquiridos, não aos salários correntes.

Em Pedro do Rosário (MA), o prefeito Domingos Erinaldo Sousa Serra (PCdoB) está sob pressão por não pagar os salários retroativos de professores da rede municipal. A justificativa surpreendeu: ele culpa o tarifaço de 50% imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros.
O pagamento fazia parte de um acordo com professores que receberam promoções, mas não tiveram o reajuste incorporado de imediato. Em comunicado enviado ao Sindicato dos Funcionários Públicos em 19 de julho, o prefeito alegou que a medida do governo norte-americano pode reduzir a arrecadação federal, impactando repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e do Fundeb.
“Como cediço, o Presidente Trump determinou tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros importados ao EUA. Considerando ainda a possibilidade de queda da arrecadação federal e a diminuição nos valores dos repasses aos funcionários, a municipalidade, por prudência, entendeu por adiar o pagamento do retroativo dos servidores até que melhore o cenário internacional”, disse a prefeitura.
O sindicato, no entanto, rebateu a explicação, afirmando que o débito vem desde 2023 e se refere a direitos adquiridos, não aos salários correntes.
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