MST invade Prefeitura de Parauapebas, depreda patrimônio e agride jornalistas

Segundo a administração municipal, os atos do grupo colocaram em risco a segurança da população e o patrimônio público.

O município de Parauapebas ingressou na Justiça com uma ação de interdito proibitório, acompanhada de pedido de reintegração de posse e liberação de vias públicas, contra integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e outros envolvidos. Segundo a administração municipal, os atos do grupo colocaram em risco a segurança da população e o patrimônio público.

A medida judicial foi motivada pela invasão de uma escola municipal no Assentamento Palmares II e por ameaças de bloqueio de ruas e prédios públicos. A Prefeitura relatou que, recentemente, o mesmo grupo invadiu o prédio que abriga provisoriamente a sede do Executivo, após arrombar o portão principal.

Na manhã desta terça-feira (12), cerca de 200 manifestantes realizaram uma carreata até a Chácara do Sol, onde funciona a sede temporária da Prefeitura. Ao chegarem, arrombaram o portão, invadiram o local e bloquearam a rua Marcos Freire, impedindo inclusive a passagem de pedestres.

Durante o tumulto, integrantes do MST tomaram o crachá e o celular de um membro da equipe do Portal Parauapebas, tentaram tomar o aparelho de outro profissional, quebraram um microfone, arrancaram crachás e chegaram a empurrar um jornalista — configurando agressão física e cerceando o trabalho da imprensa. Profissionais de outros veículos também foram barrados de acessar a via.

Apesar da gravidade, a Prefeitura reafirmou estar aberta ao diálogo com qualquer entidade, desde que sem violência, vandalismo ou destruição do patrimônio.

Em publicação no Instagram, o prefeito Aurélio Goiano repudiou a ação criminosa:

“Na manhã desta terça-feira (12), tomei conhecimento da invasão realizada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ao prédio da Prefeitura de Parauapebas. O ato, sem qualquer pauta legítima, envolveu vandalismo e depredação do patrimônio público. Informo que a Justiça já determinou a desocupação imediata do prédio. Estamos agindo com total respaldo legal. Práticas autoritárias e violentas do passado não terão mais espaço em nossa cidade. Em Parauapebas, a ordem, o respeito e o diálogo sempre prevalecerão.”